quinta-feira, 19 de março de 2009

Lidocaína

Ações terapêuticas.

Anestésico local. Antiarrítmico.

Propriedades.

Seu mecanismo de ação como anestésico local consiste no bloqueio tanto da iniciação como da condução dos impulsos nervosos, mediante a diminuição da permeabilidade da membrana neuronal aos íons de sódio, estabilizando-a de forma reversível. Esta ação inibe a fase de despolarização da membrana neuronal, o que dá lugar a um potencial de propagação insuficiente e, conseqüentemente, ao bloqueio da condução. Exerce sua ação como antiarrítmico diminuindo a despolarização, o automatismo e a excitabilidade nos ventrículos durante a fase diastólica mediante uma ação direta sobre os tecidos, especialmente a rede de Purkinje, sem envolver o sistema autônomo. A lidocaína é absorvida com rapidez através das membranas mucosas até a circulação geral, com dependência da vascularização e velocidade do fluxo sangüíneo no local da aplicação e da dose total administrada. Sua absorção através da pele intacta é escassa, aumentando quando aplicada sobre pele traumatizada ou desgastada. A absorção sistêmica é praticamente completa e a velocidade de absorção depende do local e via de administração, da dose total administrada e da utilização ou não de vasoconstritores de forma simultânea. Os vasoconstritores diminuem o fluxo sangüíneo no sítio da injeção, o que reduz a velocidade de absorção local do anestésico, com o que se prolonga o tempo de ação; diminui-se sua concentração sérica máxima, diminui o risco de toxicidade sistêmica e, com baixas concentrações, aumenta a freqüência dos bloqueios totais de condução. O metabolismo é principalmente hepático (90%); seus metabólitos são ativos e tóxicos, porém menos que a droga inalterada, e 10% são excretados sem modificação pelo rim.

Indicações.

Anestesia local tópica em membranas mucosas acessíveis (endoscopia ou exploração de esôfago, laringe, boca, cavidade nasal, faringe, reto, traquéia e trato urinário), alívio sintomático de distúrbios anorretais (hemorróidas, dor anorretal), tratamento de distúrbios da cavidade oral (dor por irritação, inflamação em lesões de boca e gengiva, dor por prótese dental), tratamento da dor faríngea, alívio e controle da dor na uretrite, tratamento da dor, prurido e inflamação das doenças menores de pele. Por via parenteral, é indicada para produzir anestesia local ou regional, analgesia e bloqueio neuromuscular em grau variável antes das intervenções cirúrgicas dentais e parto obstétrico; por via intravenosa ou intramuscular (ação sistêmica), é o fármaco escolhido para o tratamento de urgência das arritmias ventriculares.

Posologia.

Lidocaína tópica, geléia a 2%: 5ml por aplicação até 3 vezes ao dia; urologia: 25ml em homens e 15ml em mulheres. Lidocaína tópica, pomada a 5%: varia conforme o uso e a área a anestesiar. Lidocaína tópica, solução a 4%: depende da área a anestesiar. Lidocaína tópica, aerossol a 10%: não ultrapassar os 30mg por quadrante de mucosa gengival ou oral (cada atomização libera 10mg da droga). Lidocaína tópica, viscosa a 2%: por contato, pode ser aplicada com pincel ou com a ponta dos dedos várias vezes ao dia; por ingestão: 5ml 3 vezes ao dia. Lidocaína injetável, dose usual para adultos: a) anestesia caudal: analgesia obstétrica, 200 a 300 mg em solução a 1%; analgesia cirúrgica, 200 a 300 mg em solução a 2%; b) anestesia epidural: analgesia lombar, 250 a 300mg em solução a 1%; anestesia lombar, 200 a 300mg em solução a 2%; c) infiltração: regional intravenosa; 50 a 300mg em solução a 0,5%; percutânea, 5 a 300mg em solução a 0,5 ou 1%; d) bloqueio nervoso periférico: brônquico, 200 a 300mg em solução a 2%; dental, 20 a 100mg em solução a 2%; intercostal, 30mg em solução a 1%; paracervical e genital, 100mg em solução a 1% em cada sítio; paravertebral, 30 a 50mg de solução a 1%. Para sua utilização como antiarrítmico, é preferível sua administração intravenosa em infusão contínua: a dose usual para adultos é de 20mg a 50mg/kg a um ritmo de 1 a 4mg/minuto, após uma dose de ataque de 1mg/kg a um ritmo aproximado de 25 a 50mg/minuto; a dose usual em crianças é de 30mg/kg a um ritmo de 1 a 4 mg por minuto após uma dose de ataque de 2mg/kg a um ritmo de 25 a 50mg por minuto.

Reações adversas.

Administração tópica: erupção cutânea, urticária ou angioedema por reação alérgica. Administração parenteral como anestésico local: erupção cutânea, urticária ou angiodema por reação alérgica; como anestésico dental: adormecimento prolongado de lábios e boca; como anestésico raquídeo: cefaléias, náuseas, vômitos e torcicolos. Administração parenteral como antiarrítmico: erupção cutânea e angioedema por reação alérgica, dor no ponto da injeção, ansiedade, enjôos, sonolência.

Precauções.

Quando utilizada por via tópica, deve ser administrada com cuidado na presença de hemorróidas sangrentas, infecção local na zona de tratamento (diminuição ou perda do efeito anestésico local) e trauma grave da mucosa (aumenta sua absorção). A administração de lidocaína epidural, subaracnóidea, paracervical ou genital durante o parto pode produzir alterações na contratilidade uterina ou nos esforços de expulsão da mãe e contrações das artérias uterinas. Quando empregada por via parenteral como anestésico local, deve-se ter precaução na presença de disfunção cardiovascular e hepática. A utilização como antiarrítmico deve ser cuidadosa em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, hipovolemia ou choque, bloqueio cardíaco incompleto, bradicardia sinusal e síndrome de Wolff-Parkinson-White, dado que pode agravar todas estas patologias. Geralmente não existe sensibilidade cruzada com outros anestésicos locais do tipo amida.

Interações.

O uso simultâneo com bloqueadores beta-adrenérgicos pode tornar mais lento o metabolismo da lidocaína pela diminuição do fluxo sangüíneo hepático. A cimetidina pode inibir seu metabolismo hepático. Os medicamentos depressores do sistema nervoso central podem aumentar os efeitos depressores da lidocaína. A utilização simultânea com bloqueadores neuromusculares pode potencializar ou prolongar a ação destes. A administração conjunta com vasoconstritores para anestesiar zonas irrigadas por artérias terminais (tais como dedos das mãos, dos pés ou pênis) deve ser muito cuidadosa, uma vez que pode produzir isquemia e gangrena. Quando utilizada como antiarrítmico, o uso simultâneo com outros antiarrítmicos pode gerar efeitos cardíacos aditivos.

Contra-indicações.

Para qualquer via de administração: hipersensibilidade à droga. Para administração parenteral: bloqueio cardíaco completo, Síndrome de Adams-Stokes, hipotensão grave, infecção local no lugar onde se realizará a punção lombar, septicemia.

Bupivacaína

Ações terapêuticas.

Anestésico local.

Propriedades.

Usada como cloridrato, anestésico local tipo amida. Bloqueia a iniciação e a condução dos impulsos nervosos mediante a diminuição da permeabilidade da membrana neuronal aos íons de sódio e, desta forma, estabiliza-a reversivelmente. Esta ação inibe a fase de despolarização da membrana neuronal, o que permite que o potencial de ação se propague de forma insuficiente e, como conseqüência, bloqueie a condução. Sua absorção sistêmica é completa. A velocidade de absorção depende do lugar, da via de administração, e da velocidade do fluxo sanguíneo no lugar da injeção. Sua união às proteínas é muito alta e sua ação é prolongada. É eliminada principalmente pelo metabolismo seguido de excreção renal dos metabólitos.

Indicações:

Anestesia local ou regional, analgesia e bloqueio neuromuscular antes de intervenções cirúrgicas, dentárias e parto obstétrico.

Posologia.

A bupivacaína a 0,25% produz, em geral, bloqueio motor incompleto e é utilizado quando o relaxamento muscular não é importante. A 0,5% produz bloqueio motor e certo relaxamento muscular. A 0,75% produz bloqueio motor completo e relaxamento muscular total. Dose para adultos: anestesia caudal - bloqueio motor moderado de 15 a 30ml de solução a 0,25% a cada 3 horas, conforme a necessidade. Bloqueio motor moderado a completo: 15 a 30ml de solução a 0,5% cada 3 horas, conforme a necessidade. Anestesia epidural: bloqueio motor parcial a moderado, 10 a 20ml de solução a 0,25% cada 3 horas, conforme a necessidade. Bloqueio motor de moderado a completo: 10 a 20ml de solução a 0,5% cada 3 horas, conforme a necessidade. Bloqueio motor completo: 10 a 20ml de solução a 0,75%. Dose máxima: até 175mg como dose única ou 400mg/dia. Para infiltração e bloqueio nervoso na área maxilar e mandibular: 9mg(1,8ml) de cloridrato de bupivacaína em solução a 0,5% com epinefrina 1:200.000 por ponto de injeção.

Reações adversas.

Em geral, dependem da dose e da via de administração. São de incidência menos freqüente: cianose, visão turva ou dupla, enjôos, ansiedade, excitação, sonolência, erupção cutânea, urticária, aumento da sudoração, hipotensão e bradicardia.

Precauções.

Deve ser injetado de forma lenta realizando freqüentes aspirações antes de cada injeção e durante elas, para reduzir o risco de administração intravascular acidental. A administração de um anestésico local durante o parto pode produzir alterações na contratilidade uterina ou nos esforços de expulsão.

Interações.

A inibição da transmissão neuronal que produzem os anestésicos locais pode antagonizar os efeitos dos antimiastênicos no músculo esquelético. Com os medicamentos que produzem depressão do SNC é provável que os efeitos depressores sejam aditivos. Os bloqueadores neuromusculares podem potencializar ou prolongar sua ação e também a inibição da transmissão neuronal. Recomenda-se cautela com idosos ou pacientes debilitados por serem mais sensíveis à toxicidade sistêmica.

Contra-Indicação:

Disfunção cardiovascular, principalmente bloqueio cardíaco ou choque, hipersensibilidade à droga, disfunção hepática ou renal.

Halotano

Ações terapêuticas.

Anestésico geral por inalação.

Propriedades.

Embora não se conheça exatamente o mecanismo pelo qual o halotano provoca perda da percepção das sensações e inconsciência, um mecanismo proposto é a interferência com o funcionamento fisiológico das membranas dos neurônios do cérebro, mediante uma ação na matriz lipídica destas. É um anestésico que se absorve com rapidez através dos pulmões; a concentração alveolar mínima (CAM) é de 0,75% em oxigênio e de 0,29% em óxido nitroso a 70%; metaboliza-se no fígado; o tempo até o início da anestesia e o tempo de recuperação desta são rápidos. Elimina-se entre 60 e 80% sem alterações por exalação, e o resto por via renal. Atravessa a placenta e excreta-se com o leite materno. É o relaxante uterino mais potente.

Indicações.

Indução e manutenção da anestesia geral.

Posologia.

A dose usual em adultos para indução da anestesia deve ser determinada de forma individual; para manutenção da anestesia, é a inalação de 0,5 a 1,5%.

Reações adversas.

Apresenta uma hepatotoxicidade variável, desde icterícia leve a necrose hepática. Outras reações adversas são: confusão, alucinações, tremores, náuseas e vômitos.

Precauções.

Este anestésico deve ser utilizado com cuidado em arritmias cardíacas, traumatismo craniano ou aumento da pressão intracraniana pré-existente, miastenia grave e feocromocitoma. Não é recomendável seu uso em parto normal.

Interações.

O halotano sensibiliza o miocárdio às catecolaminas, razão pela qual aumenta o risco de arritmias ventriculares graves quando usado simultaneamente; a levodopa aumenta a concentração de dopamina endógena e deve ser suspensa de 6 a 8 horas antes da anestesia com halotano; o uso simultâneo com bloqueadores beta-adrenérgicos pode originar hipotensão grave prolongada; a associação com depressores do sistema nervoso central pode aumentar esse efeito e o de depressão respiratória do halotano; a administração simultânea com óxido nitroso reduz os requerimentos destes; as concentrações de halotano maiores que 1% produzem uma redução dependente da dose da resposta uterina aos oxitócicos; o uso crônico de indutores de enzimas hepáticas antes da anestesia, assim como o uso simultâneo com fenitoína, pode aumentar o risco de hepatotoxicidade; o halotano pode prolongar a meia-vida de eliminação da cetamina; a associação com xantinas podem aumentar o risco de arritmias cardíacas.

Contra-indicações.

Doenças do trato biliar, disfunção ou doença hepática, hipertemia maligna.

Isoflurano

Ações terapêuticas.

Anestésico.

Propriedades.

É um anestésico geral inalatório que atua deprimindo a percepção das sensações na consciência ao interferir no funcionamento fisiológico de algum mecanismo da matriz lipídica das membranas dos neurônios do cérebro. O isoflurano é absorvido rapidamente na circulação através dos pulmões e o início da ação é muito rápido, assim como o tempo de recuperação. Seu metabolismo é principalmente hepático, e aproximadamente 95% eliminam-se sem alterações por exalação e o resto por via renal.

Indicações.

Indução e manutenção da anestesia geral. Em baixas doses, é empregado para proporcionar analgesia em obstetrícia e para intervenções que não requerem perda da consciência e como suplemento de outros anestésicos em cesáreas.

Posologia.

Adultos. Indução: inalação de 1,5 a 3%. Manutenção: inalação de 1 a 3,5%. Quando é utilizado como indutor da anestesia, recomenda-se que a concentração seja aumentada lentamente, por exemplo, entre 0,1 e 0,25 em cada variação de respirações.

Reações adversas.

Tremores, náuseas ou vômitos leves, dor de cabeça, confusão, alucinações, ansiedade, excitação, nervosismo, coloração azul da pele (hipoxia).

Precauções.

Atravessa a barreira placentária e, em animais, demonstrou-se que produz fetotoxicidade. Também produz relaxamento uterino dose-dependente durante o parto, podendo retardá-lo e aumentar a hemorragia pós-parto, assim como incrementar o risco de depressão neonatal se a mãe esteve exposta a altas concentrações deste anestésico.

Interações.

Ingestão crônica de álcool, polimixinas sistêmicas, aminoglicosídeos sistêmicos, capreomicina, sangue citratado, lincomicina sistêmica, bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes, amiodarona, anticoagulantes derivados da cumarina ou da indandiona, anti-hipertensivos, clorpromazina, diuréticos, antimiastênicos, bloqueadores beta-adrenérgicos, catecolaminas, efedrina, levodopa, metaraminol, metoxamina, medicamentos depressores do sistema nervoso central, doxapram, indutores de enzimas hepáticas, isoniazida.

Contra-indicações.

Não deve ser utilizado em pacientes com hipertermia maligna. A relação risco-benefício deve ser avaliada nos seguintes casos: trauma na cabeça, aumento da pressão intracraniana preexistente, lesões intracranianas com ocupação de espaços ou tumores, miastenia gravis.

Propofol

Ações terapêuticas.

Anestésico.

Propriedades.

O propofol é um agente hipnótico injetável de ação ultra-curta, para uso em indução e manutenção da anestesia e sedação. A administração IV produz hipnose de forma rápida e suave, com mínima excitação, geralmente dentro dos 40 segundos após iniciada a infusão. O tempo médio de equilíbrio sangue-cérebro é de 1 a 3 minutos. Em pacientes críticos com assistência ventilatória mecânica em terapia intensiva consegue uma ação sedativa quase sem excitação psíquica.

Indicações.

Indução e manutenção da anestesia em pacientes maiores de 3 anos que serão submetidos a cirurgia. Também pode ser utilizado para iniciar e manter a sedação em pacientes submetidos a procedimentos de diagnóstico e a procedimentos cirúrgicos com anestesia local/regional. Em pacientes em unidade de terapia intensiva, intubados e mecanicamente ventilados, o propofol poderia ser utilizado para manter a sedação e controlar as respostas ao estresse. Tem sido utilizado em forma isolada ou como coadjuvante no tratamento do vômito e das náuseas, do prurido induzido por morfina e na intubação endotraqueal.

Posologia.

Indução da anestesia: 40mg, a cada 10 segundos, até o início da indução (adultos saudáveis menores de 55 anos); 20mg a cada 10 segundos até o início da indução (idosos, neurocirurgia); 2,5 a 3,5mg/kg a cada 20 ou 30 segundos (crianças saudáveis maiores de 3 anos). Manutenção da anestesia: em adultos saudáveis menores de 55 anos e em neurocirurgia, infusão de 6 a 12mg/kg/hora (100 a 200mg/kg/min); em idosos e pacientes debilitados, 3 a 6mg/kg/hora (50 a 100mg/kg/min); em crianças saudáveis maiores de 3 anos, 7,5 a 18mg/kg/hora (125 a 300mg/kg/min); em adultos pode ser utilizada injeção em bolus intermitente, com aumentos de 25 a 50mg, segundo a necessidade. No início da sedação com cuidado anestésico monitorado (MAC) a maior parte dos pacientes requer uma infusão de 0,10 a 0,15mg/kg/min (6 a 10mg/kg/hora) administrada durante 3 a 5 minutos; se for utilizada injeção em bolus (não recomendada), essa deve ser lenta e a dose será de 0,5mg/kg, administrada em um período de 3 a 5 minutos, seguida imediatamente da infusão de manutenção. Na manutenção da sedação MAC recomenda-se uma infusão de 1,5 a 4,5mg/kg/hora (25 a 75mg/kg/min) ou doses incrementais em bolus de 10 ou 20mg; os pacientes idosos, debilitados e para neurocirurgia requerem uma redução de 20% nas doses de manutenção mencionadas. Para a iniciação e manutenção da sedação em pacientes intubados e mecanicamente ventilados em unidades de tratamento intensivo (UTI), é necessária uma infusão de 0,3mg/kg/hora (5mg/kg/min), durante um mínimo de 5 minutos, seguida de incrementos de 0,3 a 0,6mg/kg/hora (5 a 10mg/kg/min), cada 5 a 10 minutos, até que seja atingido o nível de sedação desejado; as doses de manutenção requeridas são habitualmente de 0,3 a 3mg/kg/hora (5 a 50mg/kg/min) ou ainda maiores.

Superdosagem.

Se ocorrer superdose, deve-se suspender a administração de propofol imediatamente. Tratamento: ventilação artificial com oxigênio para a depressão respiratória; para a depressão cardiovascular o tratamento deve ser realizado com incremento dos líquidos intravenosos, elevação das extremidades inferiores, uso de agentes vasopressores e administração de atropina.

Modo de usar.

Apresenta-se geralmente como emulsão estéril, apirógena, injetável em ampola de 10mg/ml de propofol. Para a diluição dessa emulsão deve-se utilizar somente solução injetável de dextrose a 5%. Não deve ser diluída a menos de 2mg/ml. A emulsão de propofol carece de conservantes e é susceptível de rápida contaminação, por isso as proporções de emulsão ou as diluições não utilizadas devem ser descartadas. A refrigeração não é recomendada.

Reações adversas.

Incidência maior de 1%: bradicardia, hipotensão, movimentos, ardor, dor ou prurido no local da injeção, apnéia, erupções. Incidência menor de 1%: reações anafiláticas ou anafilactóides, contração auricular prematura, síncope, hipertonia, parestesia, hipersalivação, mialgia, prurido, ambliopia.

Precauções.

Em idosos deve-se utilizar uma dose de baixa indução e uma taxa de administração lenta para a manutenção. Os pacientes devem ser monitorados continuamente a procura de sinais prematuros de hipotensão e bradicardia; se esses sinais aparecerem, o tratamento deve ser realizado com aumento dos líquidos intravenosos, elevação das extremidades inferiores, uso de agentes vasopressores e administração de atropina. Não usar em mulheres grávidas a menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto; o uso durante o parto tem sido associado com depressão neo-natal. Não deve ser utilizado em mulheres que amamentam. A eficácia e a segurança do propofol em menores de 3 anos não foram estabelecidas.

Interações.

A dose de indução necessária pode ser reduzida em pacientes pré-medicados com narcóticos (morfina, meperidina, fentanila, etc.) e com combinações de opióides e sedantes (benzodiazepinas, barbituratos, hidrato de cloral, droperidol, etc.). A dose de manutenção deve ser ajustada em presença de agentes analgésicos suplementares (óxido nitroso, opióides). A co-administração de propofol e anestésicos inalatórios não foi avaliada; mesmo assim, é provável que uma potenciação dos efeitos seja registrada.

Contra-indicações.

Hipersensibilidade ao propofol. Condições nas quais a sedação ou a anestesia geral estejam contra-indicadas.

Fentanila

Ações terapêuticas.

Analgésico.

Propriedades.

Trata-se de um analgésico narcótico do grupo de hipnoanalgésicos opiáceos; este efeito é considerado 80 vezes mais potente do que a morfina. Mecanismo de ação: agonista de receptores opióides do subtipo m. Pode ser usado por via intratecal, epidural e transdérmica.

Indicações.

Analgesia em anestesias de curta duração. Neuroleptoanalgesia (associado com um neuroléptico).

Posologia.

Adultos - fase inicial: 50 a 200mg. Manutenção: 50mg. Crianças - fase inicial: 3 a 5mg/kg. Manutenção: 1mg/kg. Em procedimentos cirúrgicos a analgesia começa aos 10 a 20 minutos. Em idosos as doses devem ser reduzidas.

Reações adversas.

Hipotensão transitória. Depressão respiratória. Bradicardia. Rigidez muscular. Tolerância. Dependência. Náuseas, vômitos. A superdosagem pode ser tratada com antagonistas dos opiáceos, naloxona por exemplo.

Precauções.

Miastenia gravis. Em pacientes idosos, hipotireoidismo e doença hepática crônica a dose deve ser reduzida. A administração durante o parto pode provocar depressão respiratória no feto. Tal qual com os opiáceos potentes, a analgesia profunda é associada com depressão respiratória marcada, que pode persistir nos primeiros períodos pós-cirúrgicos. Deve-se ter cuidado na administração de grandes doses ou de infusões de fentanila para assegurar que o paciente obtenha, ao sair da sala de operações, uma respiração espontânea adequada. A hiperventilação durante a anestesia pode alterar a resposta do paciente ao CO2, o que afeta a respiração logo após a operação. O uso de pré-medicação com opiáceos pode aumentar ou prolongar a depressão respiratória do fentanila. Em casos de alta antecipada, os pacientes não devem dirigir no trânsito nem operar máquinas.

Interações.

Os inibidores da MAO podem potencializar os efeitos da fentanila.

Contra-indicações.

Depressão respiratória. Doença pulmonar obstrutiva. Gravidez.

Cetamina

Ações terapêuticas.

Anestésico geral.

Propriedades.

Seu exato mecanismo de ação não é conhecido. Bloqueia os impulsos aferentes associados com o componente afetivo emocional da percepção dolorosa na formação reticular medular média, para suprimir a atividade da medula espinhal e para interagir com vários sistemas transmissores do SNC. De absorção e distribuição rápidas nos tecidos perfundidos, incluindo o cérebro. Metaboliza-se no fígado. Sua distribuição (meia-vida) dura de 7 a 11 minutos e elimina-se em 2 ou 3 horas. Tempo até a indução da anestesia (sensação de dissociação): 15 segundos, e anestesia em 30 segundos. A duração da anestesia, após uma dose de 2 mg/kg, é de 5 a 10 minutos. Elimina-se por via renal (90%) como cetamina inalterada.

Indicações.

Anestesia em intervenções curtas, cirúrgicas e de diagnóstico, que não requerem relaxamento do músculo esquelético. Indutor da anestesia antes de ministrar outros anestésicos gerais.

Posologia.

Indução por via IV: 1 a 2mg/kg como dose única ou mediante infusão IV. Por via IM: de 5 a 10mg/kg. Manutenção: IV de 0,01 a 0,03mg/kg mediante infusão contínua. Dose limite: via IV, até 4,5mg/kg; via IM: até 13mg/kg.

Reações adversas.

São de incidência mais freqüente: hipertensão, taquicardia. Raramente: bradicardia, hipotensão, dispnéia, movimentos musculares incontrolados. Requerem atenção médica se persistirem ou forem incômodos: delírios, experiência de dissociação, ilusões visuais.

Precauções.

Podem ser produzidas alterações psicomotoras após a anestesia. Evitar o álcool ou outros depressores do SNC nas 24 horas que se seguem à anestesia. Antes da indução da anestesia, recomenda-se administrar atropina, escopolamina ou outro dessecante, dado que a cetamina aumenta as secreções das glândulas mucosas traqueobronquiais e salivares. Durante a recuperação, pode-se provocar um estado de confusão. Utiliza-se em doses baixas para administrar anestesia obstétrica, dado que atravessa a placenta.

Interações.

Os anestésicos hidrocarbonados por inalação podem prolongar a meia-vida de eliminação da cetamina. Fármacos anti-hipertensivos ou aqueles que produzem depressão do SNC podem aumentar o risco de hipotensão ou depressão respiratória. Em pacientes que recebem hormônios tireóideos, deve-se ministrar a cetamina com precaução devido ao aumento do risco de hipertensão e taquicardia.

Contra-indicações.

Quadros clínicos nos quais um hipertensivo seria perigoso (doença cardiovascular grave, insuficiência cardíaca, enfarte de miocárdio recente, traumatismo cerebral, hemorragia intracerebral). A relação risco-benefício será avaliada em intoxicação alcoólica aguda, alcoolismo agudo, descompensação cardíaca, hipertensão leve não-complicada; doenças psiquiátricas (esquizofrenia ou psicose aguda).

Tiopental

Ações terapêuticas.

Hipnótico. Anestésico.

Propriedades.

Como os outros barbitúricos, atua como depressor não-seletivo do SNC e sua ação parece estar relacionada com a capacidade de aumentar ou mimetizar a ação inibitória sináptica do ácido gama-aminobutírico. Pode produzir alterações no humor, que variam da excitação à sedação, à hipnose e finalmente ao coma profundo. A superdose pode ser mortal. Não produz analgesia. Como hipnótico deprime o córtex sensorial, diminui a atividade motora, altera a função cerebral e produz sonolência, sedação e hipnose. A ação é exercida em nível do tálamo, onde inibe a condução ascendente dos impulsos nervosos para o cérebro. É um importante depressor respiratório, efeito que depende da dose administrada. Certos estudos em animais têm demonstrado que este medicamento reduz o tônus e a contratilidade do útero e da bexiga, mas não nas doses sedativas-hipnóticas utilizadas em seres humanos. Induz as enzimas microssômicas hepáticas modificando o metabolismo dos barbitúricos e de outros fármacos. A absorção por via oral, parenteral e retal é variável; a velocidade aumenta quando é ingerido bem diluído ou com o estômago vazio. Os efeitos são observados após 30-40 segundos da injeção intravenosa. O fármaco é classificado como barbitúrico de ação ultra-curta. É distribuído rapidamente em todos os tecidos e líquidos corporais, e seu metabolismo ocorre quase exclusivamente em nível hepático. Sua meia-vida é de 3 a 8 horas; aproximadamente 80% se ligam às proteínas plasmáticas e se acumulam nos tecidos adiposos, portanto a recuperação após uma dose única é rápida porém após doses repetidas obtém-se um efeito anestésico prolongado, devido à liberação lenta do fármaco desde o tecido adiposo.

Indicações.

Anestésico em procedimentos cirúrgicos de menos de 15 minutos de duração. Indução da anestesia. Hipnótico na anestesia equilibrada. Controle das convulsões durante o uso de anestésicos inalatórios. Narcoanálise e narcossíntese em pacientes com transtornos psiquiátricos.

Posologia.

É administrado unicamente por via IV. Indução da anestesia: 50 a 75mg de tiopental sódico, a intervalos de 20 a 40 segundos. Uma vez que a anestesia é estabelecida, 25 a 50mg podem ser administrados cada vez que o paciente se move. Controle das convulsões originadas por anestésicos inalatórios ou locais: 75-125mg.

Superdosagem:

Na superdose aguda, observa-se depressão do sistema nervoso central e respiratório. Tratamento: principalmente de suporte, incluindo manutenção da via aérea, monitoramento do equilíbrio de líquidos e sinais vitais.

Reações adversas.

Depressão respiratória e do miocárdio, arritmias cardíacas, sonolência, tosse, broncospasmo. Raramente anemia hemolítica auto-imune, com falha renal.

Precauções.

Um equipamento adequado de reanimação deve estar disponível quando tiopental for utilizado. Por não existirem provas conclusivas, recomenda-se não usar em mulheres grávidas a menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto. Suspender a amamentação se a mãe receber o fármaco.

Interações.

Probenecida: prolongamento do efeito. Zimelidina, aminofilina: antagonismo. Diazóxido: hipotensão. Midazolam: sinergismo. Analgésicos opióides: diminuem a ação analgésica.

Contra-indicações.

Hipersensibilidade ao tiopental. Ausência de veias aptas para a administração IV. Porfiria variada, porfiria intermitente.

Procaína

Ações terapêuticas.

Anestésico local. Eutrófico celular.

Propriedades.

É um derivado éster amínico terciário do ácido paraminobenzóíco (PABA), que exerce um efeito anestésico ao bloquear a condução nervosa quando aplicado de forma local. Este efeito anestésico é reversível, uma vez que a ação paralisante sobre as fibras sensitivas do sistema nervoso desaparece, ao término de certo tempo de aplicação, no local que se deseja anestesiar. Sua aplicação por infiltração troncular ou bloqueio nervoso, anestesia epidural ou raquídea (espinhal), ocorre por estabilização das cargas elétricas das membranas celulares, o que impede a veiculação e condução do impulso nervoso e torna inexcitáveis as fibras ou neurofibrilas. A procaína forma parte de numerosas especialidades medicinais denominadas "geriátricas", associada com outros ativos (prasterona, vitamina B12, aminoácidos, ginseng) a partir de uma suposta ação eutrófica e revitalizadora celular. Após sua administração por injeção intravenosa ou subcutânea, a procaína produz analgesia sistêmica de origem central por elevação do limiar doloroso. Desenvolve, além disso, uma ação anticolinérgica (parassimpaticolítica), antiarrítmica e antifibrilar. Uma vez aplicada e absorvida, a droga alcança o sangue, onde é hidrolisada com rapidez por ação enzimática (procainesterase) para desdobrar no PABA e dimetilaminoetanol. A biotransformação metabólica também é realizada, parcialmente, no fígado. Por sua meia-vida breve, destruição enzimática rápida e a excreção renal de produtos de degradação, o efeito da procaína é breve. Devido a isso, em certas técnicas anestésicas locais é associada com vasoconstritores (epinefrina) para retardar sua absorção e prolongar sua atividade.

Indicações.

Anestésico local infiltrativo. Eutrófico em geriatria.

Posologia.

Solução corrente a 1 e 2%.

Reações adversas.

Quando é aplicada por via intravenosa, como base para anestesia cirúrgica, podem apresentar-se, ocasionalmente, distúrbios nervosos (excitação, vertigem, cefaléia) e cardiovasculares (taquicardia, colapso vascular, arritmias).

Precauções.

Pode competir com a ação relaxante do músculo dos agentes bloqueadores neuromusculares (succinilcolina).

Contra-indicações.

Hipersensibilidade ao fármaco. Cardiopatias (isquêmica e hipertensiva).

Tetracaína

Ações terapêuticas.

Anestésico local.

Propriedades.

A tetracaína é utilizada como anestésico local de rápida ação. A anestesia no olho começa aos 30 segundos e prolonga-se durante 15 minutos. O mecanismo de ação dos anestésicos locais desenvolve-se na membrana da célula nervosa, por aumento da sua permeabilidade ao sódio, como ocorre durante a despolarização. O efeito do anestésico consiste em um incremento gradual do limiar do estímulo elétrico, cuja máxima expressão provoca um bloqueio na conduta do impulso. A tetracaína é utilizada por via parenteral na raquianestesia, para procedimentos que demoram duas a três horas.

Indicações.

Medição da pressão intra-ocular (tonometria), remoção de corpo estranho e sutura da córnea, raspagem conjuntival. Raquianestesia.

Posologia.

Uso oftálmico: para anestesia profunda (por exemplo em cirurgia de cataratas), instilar uma ou duas gotas de uma solução oral a 0,5% de cloridrato de tetracaína, cada 5 a 7 minutos. Para tonometria, instilar uma ou duas gotas de solução imediatamente antes do procedimento. Raquianestesia: entre 5 e 20mg de cloridrato de tetracaína, conforme necessário.

Superdosagem.

Anestésicos locais sistêmicos: nervosismo, tontura, visão turva, tremores, convulsões, inconsciência, parada cárdio-respiratória, hipotensão, náuseas e vômitos. O tratamento principal inclui manutenção da ventilação e oxigenação.

Reações adversas.

Raramente observam-se midríase, cicloplegia, irritação, ardor, dor pungente, vermelhidão e reação hiperalérgica imediata, incluindo ceratite epitelial difusa aguda.

Precauções.

O uso prolongado de anestésicos locais no olho pode provocar opacificação corneana e perda da visão. Utilizar com precaução em presença de alergias, hipertireoidismo e doenças cardíacas. Por não existirem provas conclusivas, recomenda-se não usar em mulheres grávidas a menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto. Administrar com precaução na mulher que amamenta. A tetracaína injetável deve ser administrada com precaução a pacientes com estearases sangüíneas diminuídas. A segurança e a eficácia do fármaco em crianças não foram estabelecidas.

Interações.

Com sulfonamidas: inibição da ação das mesmas.

Contra-indicações.

Hipersensibilidade aos anestésicos locais.

Codeína

Ações terapêuticas.

Analgésico, antitussígeno.

Propriedades.

A codeína é um alcalóide do ópio (0,5g%), hipnoanalgésico e antitussígeno com uma série de ações similares à morfina. A diferença desta última tem uma efetividade por via oral que chega a 60% da parenteral, tanto como analgésico ou depressor respiratório. São poucos os opióides que possuem tão alta relação de potência oral/parenteral. A eficácia oral deste composto deve-se ao menor metabolismo hepático de primeiro passo ou pré-sistêmico. Logo após a absorção, a codeína é metabolizada no fígado e excretada principalmente na urina, em sua maior parte como metabólitos inativos. Uma pequena fração (10%) da codeína administrada é desmetilada produzindo-se morfina, que, portanto, pode ser encontrada livre ou conjugada na urina logo após a administração de doses terapêuticas de codeína. Esta apresenta uma afinidade relativamente baixa pelos receptores opióides e grande parte de seu efeito analgésico se deve à sua conversão à morfina; mesmo assim, em suas ações antitussígenas é provável que participem distintos receptores que fixam a codeína. A meia-vida plasmática é de 2 a 4 horas.

Indicações.

Dor moderada a grave. Dor de doenças terminais. Tosse perigosa (hemoptóica, convulsiva, pós-operatória).

Posologia.

Analgésico: a dose deve ser ajustada de acordo com a gravidade da dor e com a sensibilidade de cada paciente. Dose usual: de 60 a 80mg/dia divididos em 4 a 6 doses diárias. Tosse perigosa: de 40 a 60mg/dia em três doses diárias.

Reações adversas.

Os efeitos adversos mais comuns são: enjôos, sedação, náuseas e vômitos. A codeína pode causar, a nível do SNC: sonolência, embotamento, letargia, diminuição do rendimento físico e mental, ansiedade, temor, disforia, alteração de caráter e dependência física (menor poder aditivo que a morfina); no trato gastrintestinal: náuseas e vômitos que podem requerer tratamento com antieméticos. No caso de ser necessário, aumentar a dose para atingir um importante efeito analgésico. O uso crônico pode produzir constipação. No aparelho respiratório pode causar uma depressão respiratória dose-dependente ao atuar diretamente sobre o centro respiratório. No aparelho geniturinário: espasmo uretral, espasmo do esfíncter vesical e retenção urinária (raramente). A codeína é uma droga indutora de abuso. A dependência física e psíquica e a tolerância desenvolvem-se com doses repetidas. A dependência psíquica, condição na qual se requer a continuidade da administração para prevenir a aparição da síndrome de abstinência, assume significado clínico somente após várias semanas de doses orais continuadas. A tolerância (são requeridas altas doses para produzir o mesmo grau de analgesia) manifesta-se por uma duração de ação encurtada e uma diminuição da efetividade analgésica. O tempo em que se desenvolve esta tolerância varia segundo cada paciente. O quadro de superdosagem é grave e caracteriza-se por depressão do sensor (coma), respiratória e cardiovascular (hipotensão acentuada); miose, flacidez ou convulsões. O tratamento pode ser realizado com antagonistas dos receptores opióideos (ex.: naloxona).

Precauções.

Depressão respiratória em pacientes suscetíveis. Aumento da pressão intracraniana e lesão cerebral, pelos efeitos depressores respiratórios e sua capacidade de elevar a pressão do líquido cefalorraquidiano. O uso de narcóticos pode obscurecer o diagnóstico ou o curso clínico de pacientes com dor abdominal aguda. Tratando-se de um analgésico narcótico, deve ser usado com extrema precaução em pacientes idosos ou debilitados e naqueles com insuficiência renal ou hepática, doença vesicular, dano respiratório, arritmias cardíacas, distúrbios do trato gastrintestinal, hipotireoidismo.

Interações.

Os pacientes que recebem outros analgésicos narcóticos, antipsicóticos, ansiolíticos ou outros depressores do SNC (inclusive álcool) juntamente com codeína podem mostrar um efeito aditivo ao nível da depressão do SNC. O uso de IMAO e antidepressivos tricíclicos com codeína pode aumentar o efeito antidepressivo da codeína. O uso concomitante de anticolinérgicos pode produzir íleo paralítico.

Contra-indicações.

Gravidez, lactação, hipersensibilidade ou intolerância à codeína e outros morfinosímiles

Haldol

O que é e para que serve ?
O haldol é o haloperidol, um neuroléptico do grupo das butirofenonas. Além da indicação para tratamento dos sintomas psicóticos: pode ser usado também para evitar enjôos e vômitos de qualquer origem, para controlar agitação, agressividade devido a outras perturbações mentais, ou ainda para tratar o distúrbio de Gilles La Tourette.

Como é usado ?
A dose mais comum varia entre 5 e 15mg por dia podendo chegar 100mg por dia sem nenhum risco. A dose recomendada para crianças entre 15 e 40 Kg de peso corporal (entre 3 e 12 anos) é de 0,05mg/Kg/dia até o máximo de ,015mg/Kg/dia. A elevação da dose deve ser gradual, respeitando intervalos de 7 dias aproximadamente entre uma e outra elevação, tanto para adultos como para crianças. A aplicação de depósito (Depot) só deve ser realizada depois que o paciente demonstrou ter bons resultados com a administração via oral

Principais efeitos colaterais
Os efeitos sobre o sistema motor, como o enrijecimento muscular, a inquietação (dificuldade de ficar parado) e a vontade de ficar mexendo com as pernas, mesmo estando parado, assim como movimentos musculares (principalmente na face) são os principais efeitos colaterais. Dentre todas, a síndrome neuroléptica maligna é a mais grave e rara de todos os efeitos colaterais.

Considerações importantes
Não pode ser usado em pacientes com doença de Parkinson, com problemas cerebrais orgânicos ou com alergias ao princípio ativo. Deve ser usado com controle em pacientes epiléticos. Apesar de já ter sido usado durante a gestação sem provocar problemas seu uso não é deve ser feito livremente no primeiro trimestre de gestação.

Haloperidol

Ações terapêuticas.

Antipsicótico.

Propriedades.

É um derivado da butirofenona com efeitos similares aos das fenotiazinas derivados da piperazina. Produz um bloqueio seletivo sobre o SNC por bloqueio competitivo dos receptores dopaminérgicos pós-sinápticos, no sistema dopaminérgico mesolímbico, e um aumento do intercâmbio de dopaminas no nível cerebral para produzir a ação antipsicótica. O decanoato, que é a forma de ação prolongada, atua como pró-fármaco, liberando de forma lenta e estável haloperidol do veículo. O bloqueio dos receptores de dopamina provoca reações motoras extrapiramidais, diminui a liberação do hormônio de crescimento e aumenta a liberação de prolactina pela hipófise. Também existe certo bloqueio dos receptores alfa-adrenérgicos do sistema autônomo. Absorve-se por via oral em 70%; seu metabolismo, que é extenso, realiza-se no fígado; une-se às proteínas em 90% ou mais. Aproximadamente 40% de 1 dose oral única excretam-se pela urina em 5 dias, dos quais 1% é fármaco inalterado. Os 15% da dose oral excretam-se nas fezes por eliminação biliar.

Indicações.

Tratamento de distúrbios psicóticos agudos e crônicos que incluem esquizofrenia, estados maníacos e psicose induzida por fármacos (psicose esteróidea). Pacientes agressivos e agitados. Em esquizofrenia crônica, é indicado o decanoato de haloperidol. Tratamento de problemas graves de comportamento. Síndrome de Gilles de La Tourette.

Posologia.

A forma farmacêutica oral pode ser ingerida com alimentos ou com leite para diminuir a irritação gastrintestinal. Dose para adultos: 0,5 a 5mg de 2 ou 3 vezes ao dia, ajustando-a de forma gradual conforme as necessidades e a tolerância. Dose máxima: 100mg/dia. Doses pediátricas: não foram estabelecidas doses para crianças menores de 3 anos; crianças de 3 a 12 anos Ä distúrbios psicóticos: 0,5mg/kg/dia em 2 ou 3 ingestões, com acréscimos de 0,5mg a intervalos de 5 a 7 dias, até 1 dose diária total de 0,15mg/kg/dia. Tratamento de comportamento não-psicótico e síndrome de Gilles de La Tourette: 0,05mg/kg/dia em 2 ou 3 ingestões. Doses geriátricas: de 0,5 a 2mg 2 ou 3 vezes ao dia. Injetável Ä adultos: 2 a 5mg por via IM; repetir a dose se for necessário, a intervalos de 1 hora ou de 4 a 8 horas se os sintomas forem controlados. Dose máxima: 100mg/dia. Decanoato: de 10 a 15 vezes a dose oral diária prévia de haloperidol até uma dose inicial máxima de 100mg a intervalos mensais. Não foram estabelecidas as doses para crianças.

Reações adversas.

As crianças são muito sensíveis aos efeitos extrapiramidais. Os pacientes geriátricos ou debilitados são mais propensos ao desenvolvimento de efeitos extrapiramidais adversos e de hipotensão ortostática. Requerem atenção médica: disartria, instabilidade, rigidez de braços ou pernas, tremor e agitação de dedos e mãos, disfagia, movimentos de torção do corpo. São de incidência mais rara: movimentos de mastigação, cansaço ou debilidade não-habituais, tonturas, alucinações, erupção cutânea, aumento de sudorese. Sinais de superdosagem: dificuldade para respirar, tonturas, sonolência grave ou estado comatoso, tremores musculares, espasmos, rigidez ou movimentos descontrolados ou graves.

Precauções:

Evitar a ingestão de bebidas alcóolicas ou de outros depressores do SNC durante o tratamento. Ter precaução se provocar sonolência durante a realização de exercícios. Podem aparecer secura na boca (efeito antimuscarínico) e possível fotossensibilidade da pele. Não é recomendável sua utilização em crianças menores de 3 anos. Os pacientes geriátricos são mais propensos à discinesia tardia e parkinsonismo. Os efeitos leucopênicos e trombocitopênicos do haloperidol podem provocar um aumento na incidência de infecção microbiana, retardamento na cicatrização e gengivas sangrentas.

Interações.

A ação do álcool é potenciada e pode ser produzida hipotensão grave. Diminui os efeitos estimulantes das anfetaminas e reduz os efeitos antipsicóticos do haloperidol. Pode aumentar ou diminuir a atividade anticoagulante de derivados cumarínicos ou da indandiona. Intensifica os efeitos antimuscarínicos da atropina e compostos relacionados. Aumenta as concentrações séricas de prolactina ao indicar-se simultaneamente com bromocriptina. Potencia a ação de depressores do SNC. Diminui os efeitos hipotensores da guanetidina e os efeitos terapêuticos da levodopa. Pode provocar efeitos mentais não-desejados (desorientação) usando-se simultaneamente com metildopa.

Contra-indicações.

Depressão do SNC, grave ou tóxica (induzida por fármacos). Mal de Parkinson. A relação risco-benefício será avaliada em alcoolismo ativo, alergias, epilepsia, disfunção hepática ou renal, hipertireoidismo ou tireotoxicose, glaucoma e retenção urinária.

ETOMIDATO -(HYPNOMIDATE)


Fórmula:
Solução injetável - 2mg/ml
Indicações:
Indução e suplementação de anestesia geral.

Posologia:
Individualizada. Geralmente administrado por via IV. Dose de indução: 0,1mg a 0,4mg/kg IV, administrado durante 30 a 60 segundos. Dose de infusão contínua: 0,5mg a 1mg/min (10µg a 20µg/kg/min). A administração deve ser lenta.
Contra indicação:
Hipersensibilidade ao fármaco. Gravidez. Lactação. Crianças abaixo de 10 anos.
Efeitos adversos:
Dor no local da injeção. Tromboflebite. Náusea e vômito no pós-operatório. Apnéia transitória (15 a 20 segundos) pode ocorrer durante a indução, hipoventilação, hiperventilação, laringoespasmo. Taquicardia, bradicardia, arritmias, hipertensão ou hipotensão arterial. Mioclônus, movimentos tônicos, movimentos oculares. Supressão adrenocortical, inclusive com dose única.

Interações:
Efeitos cardiovasculares e depressor do sistema nervoso central potencializados por outros sedativos, narcóticos, anestésicos e anti-hipertensivos.
Precauções:
Usar com cautela em pacientes com epilepsia focal. O mioclônus, que ocorre freqüentemente, pode ser reduzido com a pré-medicação com opióides e benzodiazepínicos. Usar veias calibrosas para administração (a dor é mais freqüente em pequenas veias).
Tipo:
Anestésicos

Petidina

Ações terapêuticas.

Hipnoanalgésico.

Propriedades.

A petidina é um congênere da morfina, agonista principalmente do subtipo de receptores . Possui efeitos analgésicos, disfóricos escassos e antiespasmódicos leves (diferente da morfina). Absorve-se por todas as vias, com uma biodisponibilidade oral de 40 a 60%. Metaboliza-se no fígado; um dos produtos é a normeperidina, responsável pela toxicidade da droga. A meia-vida é de 3 horas; é lipossolúvel, atravessa a placenta com facilidade. A administração repetida de doses terapêuticas com intervalos breves pode induzir tolerância e dependência física. Após a supressão brusca, a síndrome de abstinência é menos grave do que com a morfina, quanto à duração e aos sinais autonômicos.

Indicações.

Tratamento da dor pós-operatória e neoplásica. No pré-operatório, como sedativo e agente que facilita a anestesia.

Posologia.

100mg a cada 4 ou 8 horas por via IM ou SC.

Reações adversas.

Náuseas, vômitos, tonturas. Produz menos constipação e retenção urinária que a morfina. O quadro de superdose caracteriza-se por excitação, alucinações, convulsões (acúmulo de normeperidina, tóxico com meia-vida de 10 a 12 horas) e pupilas dilatadas.

Precauções.

Gravidez. Lactação. Como com todos os analgésicos maiores, as doses em idosos devem ser reduzidas, hipotireoidismo, insuficiência hepática e renal. Os pacientes adictos são tolerantes aos efeitos depressores.

Interações.

A clorpromazina e os antidepressivos tricíclicos aumentam os efeitos depressores respiratórios da petidina. IMAO: hipotensão ou hipertensão com excitação ou depressão.

Contra-indicações.

Insuficiência respiratória. Hipotensão. Hipertensão endocraniana. Insuficiência hepática grave. Traumatismo craniano.

Etomidato

Ações terapêuticas.

Hipnótico. Anestésico.

Propriedades.

É um hipnótico de ação curta utilizado na indução da anestesia geral. Não possui atividade analgésica e não provoca liberação de histamina. Seu mecanismo de ação parece transcorrer por estímulo direto sobre os receptores gabaérgicos. Uma vez administrado por via IV, inicia sua ação rapidamente, e seu efeito (dose-dependente) prolonga-se de 3 a 5 minutos. A duração de ação pode ser aumentada por injeção de doses repetidas ou por medicação pré-anestésica. 78% do etomidato circulante ligam-se às proteínas plasmáticas. Metaboliza-se no plasma e os metabólitos (inativos) eliminam-se pela urina. Sua meia-vida é de 75 minutos. Nas intervenções de curta duração o etomidato é ideal pois o paciente recupera-se rapidamente, com boas condições de orientação, marcha e equilíbrio.

Indicações.

Indução da anestesia geral. Adjuvante na manutenção da anestesia por mistura de óxido nitroso e oxigênio em cirurgias de curta duração.

Posologia.

A dose deve ser individualizada. Dose de referência para adultos e crianças com mais de 10 anos: 0,2 a 0,3mg/kg, injetados em um período de 30 a 60 segundos. A aplicação pode ser repetida utilizando <$E1/3> da dose administrada inicialmente.

Reações adversas.

Dor no local da injeção (especialmente se aplicada em veias de pequeno calibre). Náuseas, vômitos (pós-operatórios). Movimentos clônicos espontâneos, que são mais freqüentes quando nenhuma pré-medicação (fentanila, diazepam) é administrada. Hipotensão (associada com infusão prolongada), oligúria e distúrbios eletrolíticos que respondem a corticóides. Apnéia transitória (15 a 20 segundos de duração). Supressão reversível da função do córtex adrenal. Taquicardia e hipertensão que podem ser prevenidos por pré-medicação analgésica.

Precauções.

Por não existirem provas conclusivas recomenda-se não utilizar em gestantes a menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto. A lactação deve ser suspensa se a mãe recebe o medicamento. A segurança e a eficácia em crianças menores de 10 anos não foram estabelecidas.

Interações.

Anti-hipertensivos, antidepressivos tricíclicos e outros fármacos com efeito depressor sobre o SNC, sulfato de magnésio parenteral podem anular o efeito do etomidato. Diuréticos utilizados como anti-hipertensivos, bloqueadores dos canais de cálcio, cetamina, diazóxido, mecamilamina podem potenciar seu efeito hipotensor.

Contra- Indicações: Hipersensibilidade ao etomidato.

Paracetamol (tylenol)

Fórmula:
Comprimido revestido - 500mg/750mg Solução oral - 200mg/ml

Indicações:
Analgésico e antitérmico.

Posologia:
Adultos e crianças acima de 12 anos: 750mg VO, de 3 a 4 vezes ao dia. Não ultrapassar 4g/dia. Crianças: 10mg a 15mg/kg/dose VO, até 5 vezes ao dia. Não exceder 2,6g/dia.

Contra indicação:
Hipersensibilidade à droga. Pacientes com deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase.

Efeitos adversos:

Geralmente raros, mas podem ocasionar agranulocitose, anemia hemolítica, neutropenia, leucopenia, pancitopenia e trombocitopenia. Reações de hipersensibilidade (erupções cutâneas, urticária, eritema pigmentar, angioedema e choque anafilático). O uso abusivo e prolongado pode produzir nefropatias, pancreatites e insuficiência hepática.


Interações:

Aumento da toxicidade hepática quando associado com barbitúricos, carbamazepina, hidantoína, sulfimpirazona zidovudina, ingestão crônica e excessiva de álcool. Rifampicina diminui o efeito analgésico do paracetamol. Potencializa o efeito de anticoagulantes cumarínicos.

Precauções:

Administrar com cautela em pacientes mal-nutridos ou alcoólatras: pode ocasionar hepatotoxicidade grave, mesmo em uso de doses terapêuticas. Monitorizar a função hepática com o uso prolongado. Pacientes com insuficiência renal devem ter ajustado o intervalo entre as doses. Ocorrendo reação de hipersensibilidade, deve ser suspenso imediatamente. Administração com alimentos ricos em carboidratos pode retardar sua absorção. Não usar no primeiro trimestre da gravidez.

Tipo:
Analgésicos e Antitérmicos

CETOPROFENO -(PROFENID)


Fórmula:

Solução injetável - 50mg/ml Pó liofilizado para solução injetável - 100mg

Indicações:

Antiinflamatório. Analgésico. Antipirético. Tratamento de processos inflamatórios agudos, dor do pré e pós-operatório. Lesões traumáticas musculoesqueléticas. Síndromes dolorosas diversas (nevralgia cérvico-braquial, cervicalgia, lombalgia, ciática, etc).

Posologia:
Adulto: 50 a 100mg via IM, de 4/4h. Dose máxima de 200mg/dia.


Contra indicação:

Gravidez. Lactação. Hipersensibilidade ao cetoprofeno ou a outros antiinflamatórios não esteroidais. Úlcera gástrica ou duodenal. Insuficiência hepática ou renal. Menores de 14 anos.

Efeitos adversos:

Dor no local da injeção. Dor e desconforto epigástrico, sangramento gastrointestinal ocasional, ulceração, dispepsia, náusea, vômito, constipação ou diarréia. Insuficiência hepática, pancreatite. Reações de hipersensibilidade (erupção cutânea, rash, prurido, broncoespasmo, angioedema). Cefaléia, tontura, vertigem, sonolência, zumbido. Fotossensibilidade. Insuficiência renal, hematúria. Alveolite, eosinofilia pulmonar. Discrasias sanguíneas. Edema, podendo precipitar insuficiência cardíaca congestiva.

Interações:

Aumenta o risco de ulceração e hemorragia gastrointestinal quando associado a antiinflamatórios não esteroidais e altas doses de salicilatos. Anticoagulantes orais, heparina, pentoxifilina, ticlopidina e probenecida aumentam o risco hemorrágico. Reduz os efeitos de diuréticos e de anti-hipertensivos. Aumenta o efeito/toxicidade das sulfoniluréias, fenitoína, lítio e metotrexato. Associado a diuréticos ou utilizado em pacientes desidratados, aumenta o risco de insuficiência renal.

Precauções:

Usar com cautela em pacientes com anemia, função cardíaca comprometida, alterações da função renal e hepática, antecedentes de gastrite ou úlcera gastro-duodenal, discrasias sanguíneas. Pacientes em uso de anticoagulantes. Diminui a eficácia dos dispositivos intra-uterinos.

Tipo:

Antiinflamatórios e Anti-reumáticos

Ibuprofeno

Ações terapêuticas.

Antiinflamatório, analgésico, antipirético.

Propriedades.

É um antiinflamatório não-esteróide, que inibe a enzima cicloxigenase; origina uma diminuição da formação de precursores das prostaglandinas e dos tromboxanos a partir do ácido araquidônico. Absorve-se por via oral de forma rápida, mas os alimentos diminuem a velocidade de absorção. Sua união às proteínas plasmáticas é muito alta (98%) e metaboliza-se no fígado. O tempo até alcançar seu efeito máximo é de 1 a 2 horas. Inibe de maneira reversível a agregação plaquetária, mas menos que o ácido acetilsalicílico. A recuperação da função plaquetária é produzida no prazo de 1 dia após a suspensão do tratamento.

Indicações.

Processos inflamatórios e dolorosos, agudos e crônicos, de tecidos moles. Osteoartrite. Artrite reumatóide. Dismenorréia.

Posologia.

Adultos, dose usual Ä como anti-reumático, 300 a 800mg por via oral 3 ou 4 vezes ao dia; como analgésico, antipirético ou antidismenorréico, 200 a 400mg por via oral a cada 4 ou 6 horas, conforme necessidade. A prescrição usual limite é de 3.200mg.

Reações adversas.

Epigastralgia, pirose, diarréia, distensão abdominal, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, constipação. Tonturas, erupção, prurido, tinnitus, diminuição do apetite, edema, neutropenia, agranulocitose, anemia aplásica, trombocitopenia, sangue oculto nas fezes.

Precauções.

Deve-se ministrar com cuidado em pacientes com hemofilia ou outros problemas hemorrágicos, já que aumenta o risco de hemorragias por inibição da agregação plaquetária; pode provocar ulceração ou hemorragias gastrintestinais. Seu uso na presença de úlcera péptica, colite ulcerosa ou doenças do trato gastrintestinal superior ativa pode aumentar o risco de efeitos colaterais gastrintestinais ou efeitos ulcerosos. Os pacientes geriátricos são mais propensos a desenvolver toxicidade gastrintestinal, hepática e renal. No tratamento da artrite, a melhora pode ser produzida em um prazo de 7 dias, mas para conseguir a máxima eficácia podem ser necessárias de 1 a 2 semanas de uso contínuo.

Interações.

O uso simultâneo com paracetamol pode aumentar o risco de efeitos renais adversos. A administração junto a corticóides ou álcool aumenta o risco de efeitos gastrintestinais colaterais. O uso junto a hipoglicemiantes orais ou insulina pode aumentar o efeito hipoglicêmico destes, já que as prostaglandinas estão implicadas de forma direta nos mecanismos de regulagem do metabolismo da glicose, e possivelmente devido ao deslocamento dos hipoglicemiantes orais das proteínas séricas. A associação com probenecida pode diminuir sua excreção e aumentar a concentração sérica, potencializando sua eficácia ou aumentando o potencial de toxicidade.

Contra-indicações.

Hipersensibilidade à droga, síndrome de pólipos nasais, angioedema ou broncospasmo frente ao ácido acetilsalicílico ou outros AINE.

DICLOFENACO SÓDICO -(VOLTAREN)


Fórmula:

Solução injetável - 25mg/ml Comprimido revestido - 50mg Comprimido revestido - 100mg (Retard)

Indicações:

Tratamento sintomático a médio e longo prazo de doenças reumáticas crônicas, como artrite reumatóide, osteoartrite, espondilite anquilosante e doenças correlatas do tecido conectivo. Tratamento de lesão musculoesquelética. Dor e inflamação de pós-operatório. Dismenorréia primária e anexite. Síndromes dolorosas diversas (nevralgia cérvico-braquial, cervicalgia, lombalgia, ciática, etc.). Adjuvante no tratamento da dor e inflamação na faringo-amigdalite, sinusites e otites.

Posologia:

Adultos e pacientes acima de 14 anos de idade: 50mg VO, 2 a 3 vezes ao dia, ou 100mg (Retard) VO, 1 a 2 vezes ao dia. Injetável: 75mg via IM, profunda. Máximo de 150mg/dia IM, em doses divididas (não usar por mais de 2 dias).

Contra indicação:


Gravidez. Lactação. Hipersensibilidade ao diclofenaco ou a outros antiinflamatórios não esteroidais. Úlcera gástrica ou duodenal. Insuficiência hepática ou renal.

Efeitos adversos:

Dor no local da injeção (uso parenteral). Dor e desconforto epigástrico, sangramento gastrointestinal ocasional, úlcera gástrica ou intestinal, dispepsia, anorexia, náusea, vômito, flatulência, constipação, diarréia. Insuficiência hepática, casos raros de hepatite, com ou sem icterícia. Pancreatite. Colite não-específica e exacerbação de colite ulcerativa. Estomatite, glossite. Reações de hipersensibilidade (erupção cutânea, urticária, rash, prurido, dermatite esfoliativa, púrpura alérgica, erupção bolhosa, eczema, broncoespasmo, angioedema, síndrome de Stevens-Johnson, epidermólise tóxica aguda). Cefaléia, tontura, vertigem, zumbido, transtornos do sono, depressão, ansiedade, distúrbios do paladar e da visão. Fotossensibilidade. Insuficiência renal, hematúria, proteinúria, nefrite intersticial, síndrome nefrótica. Alveolite, eosinofilia pulmonar. Discrasias sanguíneas. Edema, podendo precipitar insuficiência cardíaca congestiva.

Interações:

Aumenta o risco de ulceração e hemorragia gastrointestinal quando associado a outros antiinflamatórios não esteroidais e altas doses de salicilatos. Anticoagulantes orais, heparina, pentoxifilina, ticlopidina, bloqueadores dos canais de cálcio e probenecida aumentam o risco hemorrágico. Pode elevar o efeito/toxicidade do metotrexato, ciclosporina, paracetamol, digoxina, insulina, sulfoniluréias, lítio, diuréticos poupadores de potássio, aspirina e warfarina. Reduz os efeitos de diuréticos e de inibidores da ECA e betabloqueadores.


Precauções:

Usar com cautela em pacientes com distúrbios gastrointestinais ou com antecedentes de úlcera gástrica, doença de Crohn, distúrbios hematopoiéticos, afecções hepáticas, cardíacas ou renais graves. Associado a diuréticos ou utilizado em pacientes com depleção do volume extracelular, aumenta o risco de insuficiência renal. Pode inibir temporariamente a agregação plaquetária. O uso em pacientes pediátricos abaixo de 14 anos deve ser evitado, pois a segurança e a eficácia nesse grupo de pacientes ainda não foram bem estabelecidas.

Tipo:
Antiinflamatórios e Anti-reumáticos

Benzidamina

Propriedades.

É um derivado indazólico, relacionado quimicamente com as pirazolonas, que apresenta efeitos analgésicos e antiinflamatórios mas de menor potência farmacológica. Como ocorre com os agentes antiinflamatórios não-esteroidais, o mecanismo de ação é comum a todos aqueles de inibição enzimática da cicloxigenase na cascata biossintética das prostaglandinas. Administra-se por via oral e absorve-se rapidamente pela mucosa gastrintestinal; difunde-se no sangue e nos tecidos, e parece eliminar-se inalterada pelo rim sem biotransformação conhecida.

Indicações.

Patologias inflamatórias agudas ou crônicas (traumáticas, reumáticas, laborais, esportivas).

Posologia.

A dose média é de 50mg por via oral, três vezes por dia (150mg/dia). Em patologias agudas ou rebeldes pode-se dobrar a dose: 100mg cada 8 horas (300mg/dia). Uma vez que os sintomas foram dominados, pode-se continuar com uma dose de manutenção mínima de 25 a 50mg, cada 12 horas.

Efeitos secundários.

É bem tolerado no trato digestivo, o qual está ligado a sua leve potência antiinflamatória. Em alguns pacientes foram observados transtornos digestivos, epigastralgias, náuseas, vômitos, diarréia, cefaléia, rash cutâneo, que desaparecem com a supressão do tratamento.

Precauções.

Seu uso não é aconselhável durante a gravidez e a lactação, a menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto. Em tratamentos prolongados, é indicado realizarem-se controles hematológicos periódicos.

Contra-indicações.

Úlcera gastroduodenal ativa. Hemorragia digestiva. Intolerância ou antecedentes de hipersensibilidade aos antiinflamatórios indazólicos.

CEFALEXINA -(KEFLEX)

Fórmula:
Comprimido revestido - 500mg Suspensão oral - 50mg/ml

Indicações:
Amigdalite, otite, faringite e sinusite. Infecções respiratórias baixas. Infecção da pele e tecidos moles. Infecção gênito-urinária.

Posologia:
Adultos: 250mg a 500mg VO, de 6/6h. Infecções severas: 1g a 1,5g VO, de 6/6h. Crianças: administrar 25mg a 100mg/kg/dia (máximo de 4g/dia) VO, de 6/6h. A dose e a duração da terapia dependerão da idade, sensibilidade do microorganismo e gravidade da infecção, e deverão ser ajustadas à resposta clínica do paciente.

Contra indicação:
Pacientes com reações alérgicas às penicilinas e cefalosporinas.

Efeitos adversos:
Reações de hipersensibilidade, como erupções cutâneas maculopapulares, prurido, febre, artralgia, anafilaxia, síndrome de Stevens-Johnson. Alterações hematológicas (trombocitopenia, neutropenia, leucocitose, agranulocitose, eosinofilia, anemia hemolítica e anemia aplástica). Nefrite intersticial transitória. Hiperatividade, nervosismo, distúrbios do sono, confusão, hipertonia e tonturas. Anorexia, náusea, vômito, diarréia, dor abdominal, flatulência e dispepsia. Candidíase vaginal, intestinal e oral. Cefaléia. Alterações de transaminases, icterícia transitória.

Interações:
Risco de hemorragia com anticoagulantes. Excreção renal diminuída quando associado à probenecida. Diuréticos de alça, aminoglicosídeos, colistina, polimixina B e vancomicina aumentam a probabilidade de nefrotoxicidade. Absorção reduzida por antiácidos.

Precauções:
Amamentação. Pode causar teste falso-positivo para glicose urinária e teste de Coombs. Tratamento prolongado pode favorecer risco de superinfecção, por alterar a flora intestinal e respiratória. Pode necessitar de ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal.

Tipo:
Antibióticos


Rifampicina

Sinônimos.

Rifampina.

Ações terapêuticas.

Antibacteriano de amplo espectro.

Propriedades.

Antibiótico bactericida semi-sintético de amplo espectro. Inibe a síntese do RNA bacteriano por unir-se fortemente à subunidade beta da RNA polimerase dependente do DNA; evita assim a união da enzima ao DNA e bloqueia a iniciação da transcripção do RNA. É absorvido no trato gastrintestinal, e se difunde bem na maioria dos líquidos e tecidos orgânicos, incluindo o líquido cefalorraquidiano, onde as concentrações aumentam no caso de as meninges encontrarem-se inflamadas. Atravessa a placenta. Pelo fato de ser lipossolúvel pode chegar às bactérias e micobactérias sensíveis, tanto intracelulares como extracelulares. Sua união às proteínas plasmáticas é elevada; é metabolizado no fígado, onde é rapidamente desacetilada, dando origem a metabólitos ativos. A hidrólise dá lugar à formação de 3-formil-rifamicina (inativa) na urina. É eliminada nas fezes, na urina e no leite materno. Não se acumula em pacientes com disfunção renal.

Indicações.

Em associação com outros antituberculosos, a rifampicina está indicada para o tratamento da tuberculose. Profilaxia da meningite para eliminar Neisseria meningitidis da nasofaringe.

Posologia.

Dose para adultos: em associação com outros antituberculosos: 600mg uma vez ao dia; portadores assintomáticos de Neisseria meningitidis: 600mg ao dia durante quatro dias; pacientes debilitados ou de idade avançada: 10mg/kg uma vez ao dia; dose máxima: até 600mg ao dia. Doses pediátricas: a posologia em crianças com idade inferior a 5 anos não está estabelecida; de 5 anos em diante: tuberculose: 10mg a 20mg/kg uma vez ao dia; profilaxia em portadores de N. meningitidis: 10mg/kg a cada 12 horas durante 4 doses.

Reações adversas.

Calafrios, enjôos, febre, cefaléias, dores musculares e ósseas; hematúria, náuseas, vômitos, hemorragias ou hematomas não habituais, "rash" cutâneo, prurido, anorexia.

Precauções.

Evitar o uso simultâneo com salicilatos. A medicação produz uma coloração laranja-avermelhada da urina, fezes, saliva, suor e lágrimas. Não fazer uso de anticoncepcionais orais que contenham estrógenos. Deverá ser evitada a ingestão de bebidas alcoólicas. Sua administração deve ser feita sempre de modo associado com outros antituberculosos. Pode produzir lesões na boca ou na língua.

Interações.

Aumenta o risco de hepatotoxicidade com a ingestão de álcool ou paracetamol. A rifampicina diminui os efeitos de hipoglicemiantes orais, anticoagulantes derivados da cumarina, ACTH, glicosídeos digitálicos, quinidina. Os salicilatos interferem na absorção de rifampicina. Os anticoncepcionais orais que contêm estrógenos, ou estes, diminuem sua eficácia devido à estimulação por parte da rifampicina do metabolismo do estrógeno ou à redução da circulação êntero-hepática dos estrógenos, o que propicia ocorrência de transtornos dos ciclos menstruais e gravidezes não desejadas. Potencia o metabolismo da ciclosporina, da dacarbazina e a eliminação do diazepam. Aumenta a degradação hepática da levotiroxina e a eliminação de trimetoprima. Aumenta o metabolismo das xantinas. Em pacientes que recebem saquinavir/ritonavir não se deve empregar rifampicina, pelo risco de toxicidade hepática aguda.

Contra-indicações.

A relação risco-benefício deverá ser avaliada em presença de alcoolismo ativo ou tratado e na disfunção hepática.

Sulfadiazina

Ações terapêuticas.

Quimioterápico antibacteriano.

Propriedades.

É um derivado sulfonamídico de ação curta que desenvolve uma atividade quimioterápica-antibacteriana sobre numerosos microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos. São sulfamidas absorvíveis que agem como antimetabólitos (antifolatos) ao combinarem-se com a mesma enzima que age sobre o PABA para transformá-lo primeiro em diidrofolato e depois em tetraidrofolato por um mecanismo de competição pelo substrato. Sua absorção digestiva varia de um derivado a outro, difundem-se pelo sangue e tecidos, e eliminam-se principalmente pela urina como fármaco inalterado ou derivados acetilados. Sua meia-vida é de 8 horas. Seu principal processo de biotransformação (acetilação) ocorre principalmente no fígado e a fração acetilada aparece no plasma sangüíneo (25-30). Com o advento dos antibióticos, as sulfamidas perderam interesse terapêutico, pois foram amplamente superadas em eficácia e tolerância.

Indicações.

Infecções bacterianas por microrganismos sensíveis. Infecções otorrinolaringológicas (amigdalite, faringite, otite), broncopulmonares (bronquite, pneumopatias) e geniturinárias. A sulfadiazina de prata é empregada localmente como creme em afecções da pele (piodermite, celulite, queimaduras).

Posologia.

A sulfadiazina é utilizada por via oral em associação com a tetroxoprima (100mg/250mg) cada 12 horas. Para uso tópico, associa-se com alantoína, mentol, benzocaína, clorofila, etc., em colutórios bucofaríngeos para anginas, faringites e amigdalites. Como fármaco único administram-se 2g na primeira dose e depois 1g cada 6 horas.

Reações adversas.

Ocasionalmente: náuseas, vômitos, epigastralgias, febre, cefaléias, prurido, reações cutâneas, leucopenia, trombocitopenia, colestase biliar, nefropatias, púrpura trombocitopênica, necrólise epidérmica, hepatite, anemia hemolítica, cristalúria.

Precauções.

Em tratamentos prolongados devem ser realizados controles periódicos da função hemática, glicemia e tempo de Quick. Aconselha-se uma hidratação abundante durante o tratamento.

Interações.

Pode deslocar os anticoagulantes orais de sua ligação com as proteínas plasmáticas. O uso de anestésicos locais (benzocaína, procaína, tetracaína) pode antagonizar o efeito do fármaco. Com hexametilentetramina o risco de cristalúria é potenciado. A alcalinização da urina mediante administração de bicarbonato de sódio (12g diários) aumenta a solubilidade da sulfamida, prevenindo a cristalúria. O ácido ascórbico, ao acidificar a urina, facilita a precipitação de cristais de sulfamidas.

Contra-indicações.

Insuficiência hepática ou renal severa, hipersensibilidade aos derivados sulfamídicos, discrasias sangüíneas. Lactantes, prematuros, nas primeiras 6 semanas de vida. Gravidez e lactação

Oxacilina

Ações terapêuticas.

Antibiótico.

Propriedades.

Trata-se de um antibiótico -lactâmico, do grupo das penicilinas, bactericida, que inibe a biossíntese dos mucopeptídeos da parede celular bacteriana, Seu espectro limita-se a bactérias Gram-positivas como: estafilococos, Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae. Sua eficácia é maior durante o estado de multiplicação ativa dos microrganismos sendo, além disto, penicilinase-resistente. Após penetrar na corrente circulatória, une-se a proteínas plasmáticas em cerca de 94%, difundindo-se amplamente por todos os tecidos, exceto sistema nervoso e olho. A oxacilina é eliminada pela urina por filtração glomerular e secreção tubular ativa, e pela bile em grande quantidade. Sua meia-vida média é de 1,5 horas.

Indicações.

Infecções causadas por Staphylococcus aureus produtores de penicilinase.

Posologia.

Adultos e crianças cujo peso esteja acima de 40kg: infecções leves a moderadas: 250mg a 500mg cada 4 a 6 horas. Infecções graves: 100mg/kg por dia a cada 4 e 6 horas. Dose máxima em adultos: 12g por dia. Dose máxima em crianças: 100 a 300mg/kg por dia.

Superdosagem.

Instituir tratamentos sintomático e de suporte, que podem incluir diálise peritonial ou hemodiálise.

Reações adversas.

Urticária, edema angioneurótico, laringospasmo, broncospasmo, hipotensão, colapso vascular, dermatite esfoliativa, eritema multiforme, doença do soro, edema de laringe, rash cutâneo, glossite, estomatite, gastrite, alterações da cor da língua, alterações do paladar, náuseas, vômitos, dores abdominais, enterocolite pseudomembranosa, diarréia, anemia, anemia hemolítica, púrpura, eosinofilia, leucopenia, neutropenia, granulocitopenia, depressão da medula óssea, distúrbios da coagulação sangüínea, nefrite intersticial, nefropatia, elevação dos níveis de creatinina, neurotoxicidade, distúrbios mentais, distúrbios do sono e da conduta, equimoses, hematomas, trombose venosa, flebites, vaginites, anorexia, hipertermia, hepatite.

Precauções.

Recomenda-se administrar a oxacilina com precaução em pacientes com fibrose cística, pois estes pacientes apresentam alta incidência de reações adversas. O fármaco atravessa a barreira placentária, fato pelo qual não é aconselhável administrá-lo a mulheres grávidas nem durante o período de amamentação, pois é eliminado pelo leite materno. Recomenda-se realizar avaliações clínicas nos pacientes durante o tratamento, pois podem desenvolver colite pseudomembranosa ou superinfecções devidas a fungos ou bactérias.

Interações.

A administração de oxacilina e aminoglicosídeos ou cloranfenicol potencializa o efeito terapêutico destes fármacos. Não obstante, juntamente com eritromicina, pode haver tanto potencialização como diminuição do efeito farmacológico, ao passo que a tetraciclina, por ser bacteriostática, interfere na ação bactericida da oxacilina. O uso concomitante de oxacilina com anticoagulantes e heparina aumenta o risco de hemorragias. Não associar com anovulatórios orais, pois ambos os tratamentos diminuem sua eficácia terapêutica.

Contra-indicações.

Hipersensibilidade a penicilinas, cefalosporinas e imipenem.

DURATESTON

Propionato

Solução injetável para administração
intramuscular

- Composição


Cada ampola contém: Propionato de testosterona 30 mg; Fenilpropionato de testosterona 60 mg; Isocaproato de testosterona 60 mg; Decanoato de testosterona 100 mg; Óleo de amendoim q.s.p. 1 ml; álcool benzílico 0,1 ml.

- Informações técnicas

DURATESTON é um preparado androgênico para administração intramuscular contendo quatro ésteres diferentes do hormônio natural, a testosterona. O propionato de testosterona tem um rápido início e uma curta duração de ação. O fenilpropionato e o isocaproato de testosterona têm um início de ação mais lento, porém uma duração de ação mais prolongada. Pela combinação desses ésteres de testosterona, a ação de DURATESTON inicia-se logo após a injeção e é mantida por aproximadamente três semanas. DURATESTON é geralmente bem tolerado e não possui efeito adverso sobre o fígado.

- Indicações

Em terapia de reposição da testosterona em distúrbios hipogonadais no homem, p. ex.: após a castração; eunucoidismo; hipopituitarismo; impotência endócrina; sintomas do climatério masculino, tais como diminuição da libido e decréscimo da atividade mental e física; certos tipos de infertilidade originária de distúrbios da espermatogênese. Sobretudo, a terapêutica com testosterona pode ser indicada em osteoporose de origem deficitária de andrógenos.

- Posologia

Em geral, a dosagem deve ser ajustada de acordo com a resposta individual do paciente. Usualmente, uma injeção de 1 ml cada 3 semanas é o adequado.

- Administração

DURATESTON deverá ser administrado por injeção intramuscular profunda.

- Contra-indicações

História ou suspeita de carcinoma prostático ou mamário.

- Precauções e advertências

Se ocorrerem reações adversas associadas ao andrógeno, o tratamento deverá ser interrompido e após o desaparecimento dos sintomas ser retomado numa dosagem menor. Pacientes portadores das seguintes condições: insuficiência cardíaca latente ou manifesta, disfunção renal, hipertensão, epilepsia ou enxaqueca (ou história dessas condições) devem ser monitorados uma vez que os andrógenos podem, ocasionalmente, introduzir a retenção de sais e água. Os andrógenos devem ser usados cautelosamente em meninos pré-púberes para evitar a soldadura prematura da epífise ou desenvolvimento sexual precoce. Uma diminuição no iodo ligado à proteína (PBI) poderá ocorrer, mas isso não tem significado clínico.

- Reações adversas

As seguintes reações adversas têm sido associadas com a terapêutica androgênica: Priapismo e outros sinais de estimulação sexual excessiva. Em meninos pré-púberes: o desenvolvimento sexual precoce, um aumento na freqüência de ereção, aumento do fálico e a soldadura prematura da epífise. Oligospermia e diminuição do volume ejaculatório. Retenção de água e sal.

- Superdosagem

Não se espera a ocorrência de sintomas tóxicos nas doses recomendadas. Não há dados referentes aos sintomas ou tratamento para superdosagem aguda.

- Apresentação

Embalagem com 1 ampola de 1 ml.

Ciproterona

Ações terapêuticas.

Antiandrogênio. Antineoplásico.

Propriedades.

A ciproterona inibe os hormônios sexuais masculinos (androgênios) produzidos tanto por homens como por mulheres, além de atuar como antigonadotrófico e progestágeno. Seu mecanismo de ação é o bloqueio dos receptores androgênicos, razão pela qual há impedimento da ação hormonal sobre os órgãos sexuais secundários. A absorção pelo trato digestório após sua administração por via oral é rápida e completa. Possui semelhança estrutural com o progestágeno hidroxiprogesterona e é metabolizada no fígado por um mecanismo de oxidação para finalmente ser eliminada por via urinária. Uma atividade importante é seu efeito inibitório sobre a secreção de gonadotrofinas hipofisárias, os hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH). Além disto, possui ação progestacional, razão pela qual pode provocar distúrbios da menstruação, inclusive amenorréia.

Indicações.

Em mulheres, síndromes de androgenização. Em homens, carcinoma prostático. Estados de hipersexualidade.

Posologia.

Por via oral: a dose média inicial é de 50mg a cada 12 horas, administrados preferencialmente após as refeições. Uma vez conseguida adequada resposta clínica, o tratamento deverá ser mantido com a menor dose possível, habitualmente 25mg ao dia. A redução da dose deve ser gradual, da ordem de 25mg a cada 15 ou 20 dias. No carcinoma de próstata inoperável, caso tenha sido realizada a orquiectomia, a dose recomendada é 100-200mg por dia; nos pacientes que não tenham sido submetidos a castração cirúrgica, acima de 200-300mg diários. Está disponível o sal de acetato que permite seu emprego por via IM na dose de 300mg administrados uma vez por semana. Mesmo se tiver havido melhora clínica ou remissão, o esquema posológico em curso não deve ser modificado, e nem deve ser interrompido o tratamento. Para diminuir o aumento inicial dos androgênios durante a terapêutica com agonistas LH-RH, recomenda-se inicialmente administrar 200mg ao dia de ciproterona durante 5-7 dias juntamente com o agonista LH-RH durante 3-4 semanas. Em mulheres: 10mg uma vez ao dia, do 1º ao 15º dia do ciclo. Antes de iniciar o tratamento, deve-se excluir a possibilidade de gravidez, tanto em mulheres com ciclos regulares como irregulares. Além disto, com o propósito de estabilizar os ciclos e proporcionar proteção anticonceptiva eficaz, administram-se 2mg de ciproterona com 0,035mg de etinilestradiol a partir do dia 1 até o dia 21 do ciclo, com o que a ovulação é inibida. Após o dia 21 inicia-se uma pausa de 7 dias, durante a qual ocorre sangramento menstrual por carência hormonal. Na quarta semana após o início do tratamento e em coincidência com o mesmo dia da semana, reinicia-se o tratamento combinado com o mesmo esquema. Em pacientes com amenorréia secundária o tratamento poderá ser iniciado a qualquer momento, porém não antes de haverem transcorrido pelo menos 8 semanas desde a última menstruação. Uma vez conseguida a melhora clínica, a tentativa será de manter o efeito terapêutico com ciproterona mais etinilestradiol exclusivamente. A dose de 50mg não deve ser administrada a mulheres grávidas. Tanto nas pacientes com ciclos regulares como naquelas com ciclos irregulares, a recomendação é dois comprimidos diários do primeiro ao décimo dia do ciclo (10 dias). Além disso, para estabilizar o ciclo e proporcionar a condição contraceptiva, administram-se 2mg de ciproterona e 0,035mg de etinilestradiol desde o 1º até o 21º dia do ciclo. Após 21 dias de tratamento intercala-se uma pausa terapêutica de 7 dias, durante a qual apresenta-se uma hemorragia por deprivação similar à menstrual. Caso não ocorra a hemorragia por deprivação na semana do descanso terapêutico, deve-se excluir a existência de uma gravidez. Ao cabo das 4 semanas de iniciado o tratamento e em coincidência com o mesmo dia da semana, as tomadas serão reiniciadas no mesmo esquema combinado, independentemente da hemorragia ter cessado ou ainda estar presente. Conseguida a melhora clínica, a dose diária pode ser reduzida a 1 ou ½ comprimido durante 10 dias; adicionalmente prossegue-se administrando 2mg de ciproterona e 0,035mg de etinilestradiol diários durante 21 dias. Para pacientes com amenorréia secundária, o tratamento será iniciado a critério do médico, não antes de transcorridas pelo menos 8 semanas desde a última menstruação. Mulheres posmenopáusicas ou histerectomizadas: podem ser tratadas com ciproterona como medicação única. Conforme a gravidade dos distúrbios, a dose será de 1 ou ½ comprimido diário, obedecendo o esquema de 21 dias de tratamento e 7 dias de descanso. Em crianças de ambos os sexos: puberdade precoce idiopática, comprimidos de 50mg. A dosagem será fixada de acordo com a gravidade do caso e a superficie corporal, oscilando em geral entre ½ e 1 comprimido 2 vezes ao dia e 1 comprimido 3 vezes ao dia (50-150mg/m2 por dia), que deverão ser ingeridos logo após as refeições.

Reações adversas.

No homem: pode-se observar uma redução paulatina da capacidade de fecundação durante as primeiras semanas de tratamento; ginecomastia, dor ou sensibilidade mamária exacerbada, efeitos estes que desaparecem com a suspensão do tratamento. Em mulheres: tensão mamária. Em qualquer paciente: adinamia, cansaço, estados depressivos, variações do peso, modificações da libido. Em alguns pacientes pode ocorrer dispnéia transitória. As dose elevadas podem reduzir a função corticosupra-renal.

Precauções.

Deve-se levar em consideração a possibilidade de cansaço ou adinamia em pacientes que operam maquinarias perigosas. O álcool pode diminuir a ação moderadora da ciproterona sobre o impulso sexual. Recomenda-se não administrar antes da puberdade (exceto na puberdade precoce idiopática), dada a possibilidade de causar alterações sobre o crescimento longitudinal esquelético ou no sistema endócrino não estabilizado. Em crianças com puberdade precoce idiopática sob tratamento com altas dose, a possível diminuição da função supra-renal pode tornar necessário o tratamento de substituição diante de condições específicas. Durante o tratamento recomenda-se controlar as funções hepática, supra-renal e hematológica. Em pacientes diabéticos pode haver modificações das necessidades dos hipoglicemiantes orais ou da insulina. Muito raramente podem ocorrer anormalidades hepáticas que, em casos muito isolados, podem provocar hemorragia na cavidade abdominal. Por esta razão é necessário comunicar ao médico quando ocorram transtornos epigástricos não habituais ou que não desaparecem espontaneamente em pouco tempo, visto poder ser necessário suspender a medicação. Em mulheres, antes do tratamento deve ser realizado um exame ginecológico (inclusive de mamas) e descartar a possibilidade de gravidez. Realizar controles periódicos (cada 8, 15, 30 e 90 dias) da função hepática.

Contra-indicações.

Síndromes de Rotor ou de Dubin-Johnson. Tumores hepáticos, enfermidades consuntivas ou caquéticas. Herpes gravídico, síndromes depressivas graves, patologias tromboembólicas, anemia de células falciformes, diabetes grave com angiopatias. A amamentação e a gravidez são contra-indicações relativas se a relação risco-benefício o recomendara.

Vimblastina

Ações terapêuticas.

Antineoplásico.

Propriedades.

Usada como sulfato, a vimblastina bloqueia a mitose, detém as células em metáfase e também pode interferir no metabolismo dos aminoácidos; sua ação é específica na fase M do ciclo de divisão celular. Não atravessa a barreira hematoencefálica em quantidades significativas. Sua união às proteínas é elevada (75%) e metaboliza-se no fígado. A eliminação é por via renal e biliar.

Indicações.

Carcinoma da mama, coriocarcinoma, carcinoma testicular, linfomas de Hodgkin, linfomas não-Hodgkin, sarcoma de Kaposi, doença de Letterer-Siwe. As indicações aceitas para os antineoplásicos encontram-se em revisão constante.

Posologia.

Adultos: inicial por via IV, 0,1 mg/kg ou 3,7 mg/m2/semana com doses semanais sucessivas aumentadas em 0,05 mg/kg até que a contagem leucocitária diminua para 3.000/mm3; dose de manutenção: IV, um aumento menor que a última dose inicial com intervalos de 7 a 14 dias a 10 mg 1 ou 2 vezes/mês. Doses pediátricas: inicial IV, 2,5 mg/m2/semana com aumentos semanais de 1,25 mg/m2 até que a contagem leucocitária diminua para 3.000/mm3. Doses de manutenção: IV, um aumento menor que a última dose inicial com intervalos de 7 a 14 dias.

Reações adversas.

Muitos dos efeitos colaterais são inevitáveis e representam a ação farmacológica do medicamento, por exemplo: leucopenia e trombocitopenia. A incidência destas reações está, geralmente, relacionada com as doses. Requerem atenção médica e as incidências mais freqüentes são: febre, calafrios e dor de garganta. Incidências mais raras: artralgias, edemas dos membros inferiores, hemorragias ou hematomas não-habituais, cefaléias, enjôos, depressão mental, visão dupla, mialgias, náuseas e vômitos. A queda de cabelo é de incidência mais freqüente, porém não requer atenção médica.

Precauções.

Durante o tratamento, devem-se evitar as imunizações; evitar o contato com pessoas com infecções bacterianas ou virais. Nos pacientes com disfunção hepática, recomenda-se empregar uma dose reduzida. Caso surja leucopenia ou trombocitopenia pronunciada, recomenda-se suspender o tratamento com vimblastina e procurar detectar sinais de infecção. A vimblastina pode ser utilizada em combinação com outros fármacos em protocolos distintos: em conseqüência, a incidência ou gravidade dos efeitos secundários podem se alterar. Pode ser produzida supressão gonadal com o resultado de amenorréia ou azoospermia. Evita-se seu uso no primeiro trimestre da gravidez devido ao potencial mutagênico, teratogênico e carcinogênico destes medicamentos. Também não se recomenda seu uso durante o período de lactação. A resposta leucopênica pode ser mais pronunciada em pacientes de idade avançada, mal nutridos ou com úlceras cutâneas. Pode haver maior incidência de infecções microbianas, retardamento da cicatrização e hemorragia gengival.

Interações.

A vimblastina pode aumentar a concentração de ácido úrico no sangue, razão pela qual pode ser necessário readequar a dose da medicação antigotosa (alopurinol, colchicina, probenecida). Os depressores da medula óssea, a radioterapia e os fármacos que produzem discrasia sangüínea aumentam os efeitos depressores sobre a medula óssea.

Contra-indicações.

Varicela existente ou recente, herpes zoster. A relação risco-benefício deve ser avaliada na presença de depressão da medula óssea, gota, disfunção hepática, infecção, e durante a gravidez e a lactação.

InteraçõesBleomicina

Ações terapêuticas.

Antineoplásico.

Propriedades.

A bleomicina é uma mistura de antibióticos glicopeptídicos produzidos por Streptomyces verticillus. O mecanismo exato de sua ação antineoplástica é desconhecido, porém pode implicar a união ao DNA, indução de labilidade em sua estrutura e redução de sua síntese e, em menor grau, da união ao RNA e proteínas. Após a administração intrapleural ou intraperitonial, 45% de uma dose passa para a circulação sistêmica. Sua união às proteínas é muito baixa (1%). O metabolismo é desconhecido podendo ser realizado de forma parcial por degradação enzimática nos tecidos (fígado e rim). É eliminado por via renal (50% a 80% em 24 horas), em grande parte como fármaco inalterado.

Indicações.

Carcinoma de cabeça e de pescoço, laringe, cervical, de pênis, de pele ou vulvar e linfomas Hodgking ou não-Hodgkin. As indicações adequadas dos antineoplásicos, sua dose e protocolos estão em constante revisão.

Posologia.

Por via IM, IV ou subcutânea: 0,25 a 0,50U/kg ou 10 a 20U/m2, 1 ou 2 vezes por semana ou por infusão intravenosa contínua 0,25U/kg ou 15U/m2 durante um período de 4 a 5 dias. Manutenção: doença de Hodgkin, IM ou IV, após o aparecimento de 50% de resposta, 1U ao dia ou 5U por semana. Devido ao risco de toxicidade pulmonar, as doses totais que ultrapassarem 255U a 400U devem ser administradas com cautela. Por via intrapleural ou intraperitoneal, deve ser administrada a metade da dose.

Reações adversas.

Tosse, sensação de falta de ar (pneumonite que progrida a fibrose pulmonar). A toxicidade pulmonar aparece entre 10% a 40% dos pacientes tratados. Feridas nos lábios e na boca (toxicidade mucocutânea), febre e calafrios, alopecia, sudoração, confusão, sibilâncias, vômitos e anorexia.

Precauções.

Recomenda-se reduzir a dose em pacientes com disfunção renal. Em geral, é utilizado em combinação com outros fármacos em protocolos distintos, sendo portanto possível alterar a incidência ou a severidade dos efeitos colaterais e podem ser empregadas dosagens diferentes. A toxicidade pulmonar é mais freqüente em fumantes. Pode ocasionar supressão gonadal, o que origina amenorréia ou azoospermia; estes efeitos estão relacionados com a dose e a duração do tratamento. É recomendado evitar o seu uso durante o 1º trimestre da gravidez e durante o período de lactação. Em pessoas de idade avançada pode aumentar o risco de toxicidade pulmonar. Pode produzir estomatite leve.

Interações.

Os anestésicos gerais utilizados em pacientes tratados previamente com bleomicina podem produzir deterioração pulmonar rápida, posto que a bleomicina sensibiliza o tecido pulmonar ao oxigênio. Outros antineoplásicos ou radioterapia podem aumentar a toxicidade da bleomicina. A disfunção renal induzida pela cisplatina pode ocasionar um atraso na excreção da bleomicina e o aumento da toxicidade embora em doses baixas.

Contra-indicações.

A relação risco-benefício deve ser avaliada na presença de disfunção hepática, pulmonar e renal grave.

Tamoxifeno

Ações terapêuticas.

Antineoplásico.

Propriedades.

Antiestrogênio não esteróide que também posssui um débil efeito estrogênio. O mecanismo exato de sua ação antineoplásica não é conhecido, mas pode estar relacionado com seu efeito antiestrogênio; bloqueia a captação de estradiol. Pode induzir a ovulação em mulheres que não ovulam estimulando a liberação de hormônio da gonadotropina no hipotálamo, que por sua vez estimula a liberação das gonadotropinas na hipófise. Metaboliza-se no fígado; sua meia-vida é de 7 a 14 dias e a eliminação pode exceder 7 dias. Geralmente produz uma resposta objetiva em 4 a 10 semanas de tratamento, mas pode necessitar de vários meses em pacientes com metástase no osso. Elimina-se por via fecal, em sua maioria como metabólitos, e por via renal em pequenas quantidades.

Indicações.

Carcinoma de mama avançado em mulheres pós-menopáusicas e como coadjuvante da quimioterapia no tratamento do câncer mamário depois da mastectomia.

Posologia.

Adultos: 10 a 20mg 2 vezes ao dia (manhã e noite).

Reações adversas.

Pouco tempo antes do início do tratamento, pode ser provocado um aumento temporal e grave da dor no tumor ou nos ossos, mas regride com o tratamento continuado. O tamoxifeno induz a ovulação, razão pela qual aumenta o risco de gravidez. Com incidência de 10 a 20% pode provocar: asfixias, náuseas, vômitos e aumento de peso (efeito estrogênico). De forma menos freqüente: alterações do ciclo menstrual, cefaléias, erupção cutânea, hemorragia ou fluxo vaginal, dor nos ossos e confusão. De incidência relacionada com doses elevadas: visão turva (retinopatia).

Precauções.

Sua prescrição não é recomendada no período de lactação devido aos supostos riscos para o lactente (efeitos adversos, mutagenicidade, carcinogenicidade). Aconselha-se usar métodos anticoncepcionais não hormonais durante o tratamento. Não ingerir antiácidos 1 ou 2 horas antes ou depois de tomar o tamoxifeno.

Interações.

Os antiácidos, cimetidina, famotidina ou ranitidina, aumentam o pH gástrico e podem produzir dissolução prematura e perda do efeito protetor da cobertura entérica. Os estrogênios podem interferir com o efeito terapêutico do tamoxifeno.

Contra-indicações.

A relação risco-benefício deverá ser avaliada na presença de cataratas ou alteração da visão, leucopenia e trombocitopenia.

Danazol

Ações terapêuticas.

Inibidor das gonadotrofinas. Profilático do angioedema.

Propriedades.

O danazol pode suprimir o eixo hipófiso-ovárico inibindo a produção de gonadotropinas na hipófise. Deprime o pico pré-ovulatório de produção de hormônio folículo-estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH). Desta forma, reduz a produção de estrogênios ovarianos. Pode inibir por ação direta a produção ovárica de esteróides, une-se aos receptores de andrógenos, progesterona e glicocorticóides; une-se à globulina que liga hormônios sexuais e também o faz com corticosteróides, e pode aumentar a velocidade de liberação metabólica da progesterona. Na endometriose, atua devido à supressão da função ovárica, já que ambos os tecidos endometriais (o normal e o ectópico) tornam-se inativos e atróficos. Na doença fibrocística da mama, parece atuar pela supressão da estimulação estrogênica, mas é também possível um efeito direto sobre os receptores de esteróides no tecido mamário. No angioedema hereditário, aumenta os níveis séricos do inibidor da esterase C1, o que origina um aumento dos níveis do componente C4 do sistema do complemento. Metaboliza-se no fígado a metabólitos inativos; sua meia-vida é de 4½ horas e excreta-se por via renal.

Indicações.

Tratamento da endometriose, doença fibrocística da mama em pacientes que não respondem ao tratamento com analgésicos. Profilaxia do angioedema hereditário (cutâneo, abdominal e laríngeo).

Posologia.

No tratamento da endometriose e doença fibrocística da mama, recomenda-se iniciar no primeiro dia do ciclo menstrual (depois de ter sido descartada a gravidez). Na endometriose, o tratamento deve continuar de forma ininterrupta durante 3 a 6 meses e pode prolongar-se a 9 meses se necessário. Na doença fibrocística da mama, deve-se assegurar primeiro que não existe carcinoma de mama. Dose usual para adultos - endometriose: de moderada a grave, 400mg 2 vezes ao dia; leve: 100 a 200mg 2 vezes ao dia. Doença fibrocística da mama: 50 a 200mg 2 vezes ao dia. Profilaxia do angioedema: 200mg 2 ou 3 vezes ao dia até obter a resposta desejada; a seguir a dose de manutenção é determinada pela diminuição da dose inicial em 50% ou menos. Não foi estabelecida dosagem para crianças.

Reações adversas.

Na maioria das pacientes aparece amenorréia; mas pode também aparecer sangramento ocasional ou hemorragia nos primeiros meses do tratamento, o que não indica ineficácia do fármaco. São de incidência pouco freqüente mas requerem atenção médica: aumento de peso, acne, cãibras ou espasmos musculares, cansaço ou debilidade não-habituais e, somente nas mulheres, diminuição do tamanho da mama, rouquidão ou voz mais grave, hirsutismo (efeitos androgênicos relacionados com a dose). Raras vezes aparecem sufocos, sudorese, nervosismo e, nas mulheres, ressecamento da vagina ou hemorragia genital.

Precauções.

Deverá ser cumprido o ciclo completo do tratamento, em cujo decorrer é conveniente utilizar métodos anticoncepcionais não hormonais e não empregar os administrados por via oral. O tratamento deverá ser suspenso se aparecerem sinais de masculinização. Não se recomenda utilizá-lo durante a gravidez e o período de lactação, devido aos possíveis efeitos androgênicos sobre o feto, se for de sexo feminino, ou no lactente.

Interações.

Potencializa o efeito anticoagulante dos derivados da cumarina, aumenta as concentrações sangüíneas de glicose e a resistência à insulina, como também aumenta as concentrações plasmáticas de ciclosporina e, portanto, aumenta o risco de nefrotoxicidade.

Contra-indicações.

A relação risco-benefício deverá ser avaliada em pacientes com disfunção cardíaca grave, epilepsia, disfunção renal, diabetes mellitus, hemorragia genital anormal não-diagnosticada, disfunção hepática ou renal grave.

Aciclovir

Ações terapêuticas.

Antiviral seletivo contra vírus herpes.

Propriedades.

Atua contra os tipos I e II de herpes simples e vírus de varicela zoster, com baixa toxicidade para as células infectadas do homem. Quando penetra na célula infectada pelo vírus herpes, o aciclovir se fosforiza, convertendo-se no composto ativo aciclovirtrifosfato. Para este primeiro passo é necessária a presença da timidinacinase específica do vírus herpes simples. O aciclovir-trifosfato atua como inibir específico da DNA-polimerase do vírus herpes, evitando a posterior síntese de DNA viral sem afetar os processos celulares normais. Em adultos, a meia-vida plasmática do aciclovir, após sua administração, é de 2 a 9 horas. A maior parte da droga é excretada sem trocas pelo rim. Tanto a secreção tubular como a filtração glomerular contribuem para a eliminação renal. O único metabólito significativo é a 9-carboximetoximetilguanina, que representa 10 ou 15% da dose excretada na urina. Também é eliminada perante a hemodiálise. É pouco absorvido no trato gastrintestinal (15 a 30%), embora as concentrações séricas sejam suficientes para obter um efeito terapêutico. Distribui-se amplamente nos tecidos e líquidos corporais, encontrando-se as maiores concentrações no rim, fígado e intestino. As concentrações no LCR são de aproximadamente 50% das concentrações plasmáticas. Atravessa a placenta e sua união às proteínas é baixa.

Indicações.

É indicado para o tratamento de infecções por vírus herpes simples e profilaxia em pacientes imunodeprimidos, principalmente em infecções cutâneas progressivas ou disseminadas. Herpes genital inicial é recorrente em pacientes imunodeprimidos e não imunodeprimidos.

Posologia.

A duração do tratamento dependerá da gravidade da infecção, embora em infecções agudas por vírus herpes simples o tratamento adequado deva ser de 5 dias. Adultos: com função renal normal: infecções por vírus herpes simples (exceto encefalite herpética) ou vírus varicela zoster: 5mg/kg/8 horas. Em pacientes imunodeprimidos com infecções por vírus varicela zoster ou com encefalite herpética: 10mg/kg/8 horas. Função renal alterada: a administração deve ser realizada com precaução e a dose será estabelecida em função da liberação de creatinina: 25 a 50ml/minuto, 5mg/kg/12h; 10 a 25ml/minuto, 5mg/kg/24h; 0 (anúricos) a 10ml/minuto, 2,5mg/kg/24 a 48h, ou após a diálise. Crianças entre 3 meses e 12 anos: calcula-se conforme a superfície corporal. Vírus herpes simples ou vírus varicela zoster: 250mg/m2 cada 8 horas. Em crianças imunodeprimidas com infecções por vírus varicela zoster: 500mg/m2/8 horas, se a função renal não estiver alterada. Em crianças com função renal alterada são necessárias modificações especiais da dose, de acordo com o grau de disfunção. Idosos: deverá ser controlada a função renal diminuindo a dose em função dos valores de creatinina. A dose deve ser administrada muito lentamente, em um período não-inferior a 1 hora. Via oral: dose usual para adultos: 200mg cada 4 horas, 5 vezes ao dia, durante 10 dias. Tratamento crônico supressor das infecções recorrentes: 200mg cada 8 horas, durante, no máximo, 6 meses. Não foi estabelecida a dose para crianças. As cápsulas podem ser tomadas com os alimentos, pois não foi demonstrado que a absorção seja afetada por eles.

Reações adversas.

Em alguns pacientes foi observado aumento rápido e reversível dos níveis sangüíneos de uréia ou creatinina, fato este que pode ser devido a níveis plasmáticos elevados da droga e ao estado de hidratação dos pacientes. Portanto, é imprescindível que a hidratação seja adequada. Por extravasação pode aparecer uma inflamação grave, às vezes seguida de ulceração. Foram evidenciados também o aumento das enzimas hepáticas, a diminuição dos índices hematológicos, erupções e febre; náuseas e vômitos. Em algumas ocasiões houve reações neurológicas reversíveis, como tremores, relacionados com confusão e alterações eletroencefalográficas.

Precauções.

Deverá ser utilizada com precaução em pacientes com alterações renais e, a fim de evitar acúmulo da droga, a dose será regulada em função da tabela de posologia. Observar a função renal em pacientes submetidos a transplantes renais, pelo aumento que produz da creatinina ou uréia sérica. Deverá ser indicado para mulheres grávidas somente quando a relação risco-benefício de sua aplicação aconselhar o seu uso. As mulheres com herpes genital são mais propensas a desenvolver câncer cervical, pelo que é necessário realizar um exame de Papanicolau anualmente ou com maior freqüência. Por transmitir a herpes genital, o contato sexual deverá ser evitado se um dos da parceiros apresentar sintomas inerentes a esta patologia.

Interações.

A probenecida aumenta a meia-vida e as concentrações plasmáticas de aciclovir. A interferona ou o metotrexato administrados simultaneamente com aciclovir IV podem produzir anormalidades neurológicas.

Contra-indicações.

Pacientes que tenham demonstrado hipersensibilidade ao aciclovir. Deverá ser avaliada a relação risco-benefício em pacientes com disfunção renal preexistente, hepática ou anomalias neurológicas.

Metronidazol

Ações terapêuticas.

Antibacteriano, antiparasitário, anti-helmíntico.

Propriedades.

De origem sintética, o metronidazol pertence ao grupo dos nitroimidazóis, é ativo contra a maioria das bactérias anaeróbias estritas e protozoários, mediante uma redução química intracelular que é efetuada por mecanismos únicos do metabolismo anaeróbico. O metronidazol reduzido, que é citotóxico porém de meia-vida curta, interage com o DNA e produz dano em sua estrutura helicoidal, ruptura da cadeia e conseqüente inibição da síntese de ácidos nucléicos, culminando com morte celular. É bem absorvido por via oral, e atravessa as barreiras placentária e hematoencefálica. Sua união às proteínas plasmáticas é discreta; é metabolizado no fígado por oxidação da cadeia lateral e conjugação com ácido glicurônico do derivado 2-hidroximetil (também ativo) e outros metabólitos. As concentrações séricas máximas detectadas após administração de uma dose oral de 250mg, 500mg e 2 g são 6, 12 e 40mcg por ml, respectivamente. A eliminação é feita por via renal em cerca de 60 a 80%. Desta quantidade, 20% são eliminados inalterados na urina; 6 a 15% são eliminados pelas fezes, encontrando-se metabólitos inativos. Também é eliminado no leite materno.

Indicações.

Profilaxia de infecções perioperatórias e tratamento de infecções bacterianas por anaeróbios. Amebíase e tricomoníase. Vaginite por Gardnerella vaginalis, giardíase e algumas infecções por protozoários, anaeróbios, doença intestinal inflamatória, helmintíase.

Posologia.

Os pacientes com disfunção hepática grave metabolizam o metronidazol lentamente. A forma oral pode ser ingerida com alimentos para diminuir a irritação gastrintestinal. No caso de tricomoníase o casal realizará a terapêutica de forma simultânea. O metronidazol parenteral deverá ser administrado somente por infusão IV contínua e intermitente durante um período de uma hora. Dose máxima: 1 g/kg. Vaginite, colite pseudomembranosa, doença inflamatória do intestino: 500mg a cada 6 horas. Como antiparasitário: amebíase, 500 a 750mg três vezes ao dia, durante 5 a 10 dias. Giardíase: 2g, 1 vez ao dia durante 3 dias ou 250 a 500mg 3 vezes ao dia durante 5 a 7 dias. Tricomoníase: 2 g como dose única, 1g, 2 vezes ao dia durante um dia ou 250mg três vezes ao dia, durante sete dias. Dose máxima para adultos: 4 g diários. Dose pediátricas usuais: como antibacteriano, a posologia não foi estabelecida. Como antiparasitário: amebíase: 11,6 a 16,7mg/kg, três vezes ao dia, durante dez dias. Giardíase: 5mg/kg, três vezes ao dia, durante 5 a 7 dias. Tricomoníase: 5mg/kg, três vezes ao dia, durante 7 dias. Forma injetável: infecções por anaeróbios: iniciar com 15mg/kg, em seguida passar para 7,5mg/kg até um máximo de 1g a cada 6 horas durante 7 dias ou mais. Amebíase: 500 a 750mg a cada 8 horas, durante 5 a 10 dias. Em crianças a posologia não está estabelecida.

Reações adversas.

São de incidência mais freqüente: inchaço, dores ou fraqueza em mãos e pés, sobretudo com doses elevadas ou uso prolongado. "Rash" cutâneo, urticária, prurido (por hipersensibilidade). Sobre o SNC: torpor ou instabilidade, crises convulsivas (com doses elevadas). Se houver persistência dos seguintes sintomas, deverá haver atenção médica: diarréias, enjôos, náuseas, vômitos, anorexia.

Precauções.

O metronidazol atravessa a placenta e penetra rapidamente na circulação fetal, e, embora não se haja demonstrado defeitos no feto, não se recomenda seu uso no primeiro trimestre do gravidez. Tampouco se deve usar o ciclo de terapêutica de um dia, visto que produz concentrações séricas fetais e maternas mais altas. Não se recomenda seu uso no período de amamentação porque pode produzir efeitos adversos no lactante. Caso seja necessário o tratamento com metronidazol, o leite materno deve ser extraído e descartado, retornando à amamentação 24 a 48 horas após o término do tratamento com a droga. A secura de boca que produz pode contribuir para o desenvolvimento de cáries, candidíase oral e mal-estar. Estudos em animais revelaram que o metronidazol pode desenvolver efeitos carcinogênicos; não obstante, esta possibilidade não foi comprovada em seres humanos.

Interações.

Não se recomenda o uso simultâneo com álcool, porque pode produzir acumulação de aldeído acético por interferência com a oxidação do álcool (inibição da aldeído-desidrogenase) e provocar cãibras abdominais, náuseas, vômitos e cefaléias. Os anticoagulantes podem eventualmente potencializar seu efeito da mesma forma que o metronidazol, devido à inibição do metabolismo enzimático dos anticoagulantes. Deve evitar-se o uso simultâneo com dissulfiram, porque pode produzir confusão e reações psicóticas.

Contra-indicações.

Deverá avaliar-se a relação risco-benefício em enfermidades orgânicas ativas do SNC, incluindo epilepsia, discrasias sanguíneas, disfunções cardíaca ou hepática graves.

Levonorgestrel + etinilestradiol

Ações terapêuticas.

Contraceptivo oral.

Propriedades.

A associação de levonorgestrel e etinilestradiol é eficaz e segura como contraceptivo hormonal, pois a ação sinérgica do progestágeno e do estrógeno permite reduzir as doses de estrógeno necessárias para alcançar o efeito contraceptivo.

Indicações.

Contracepção oral.

Posologia.

Para uma associação com 0,15mg de levonorgestrel e 0,03mg de etinilestradiol por dose, o tratamento cíclico é composto por 21 doses. Primeira embalagem: a partir do primeiro dia da menstruação, uma drágea diária durante três semanas (21 dias). Em seguida, espera-se uma semana (7 dias) de descanso, durante a qual apresenta-se uma hemorragia semelhante à menstrual. Depois do descanso, o tratamento é retomado com uma nova embalagem. O efeito contraceptivo tem início desde o primeiro dia do tratamento e mantém-se inclusive durante a semana de descanso. Ainda que o primeiro ciclo seja um pouco mais curto, os ciclos seguintes durarão quatro semanas.

Reações adversas.

Cefaléias, náuseas, tensão mamária, hemorragias esporádicas durante o ciclo, variações de peso, modificações da libido, estados depressivos. Em mulheres predispostas, tratamentos prolongados podem causar cloasmas, que se tornam mais intensos ao tomar banhos de sol. Assim, recomenda-se evitar exposição prolongada aos raios solares. Em casos isolados, diminuição da tolerância ao uso de lentes de contato.

Precauções.

Antes de iniciar o tratamento deve-se proceder a um detalhado exame clínico e minuciosa exploração ginecológica (incluindo mamas e citologia vaginal). Deve fazer-se detalhada anamnese familiar. Além disto, devem descartar-se trantornos da coagulação quando houver relato de sua ocorrência em familiares, ou durante a juventude, ou doenças tromboembólicas (p.ex. trombose venosa profunda, apoplexia, infarto do miocárdio). Deve-se descartar presença de gravidez. Nos tratamentos prolongados, controle médico a cada 6 meses. As mulheres que apresentam diabetes, hipertensão, varises, otosclerose, esclerose múltipla, epilepsia, porfiria, tetania ou coréia menor, assim como as que têm antecedentes de flebite, devem manter-se sob cuidadosa vigilância médica. Segundo os conhecimentos atuais, não se pode descartar a possibilidade de que a administração de contraceptivos hormonais se relacione com uma elevação do risco de ocorrência de doenças tromboembólicas venosas e arteriais. Com relação à trombose arterial (p.ex. apoplexia, infarto do miocárdio), parece haver aumento ainda maior do risco relativo na eventualidade da coincidência dos seguintes fatores: tabagismo, idade avançada e uso de contraceptivos orais combinados. Durante o tratamento hormonal houve relatos de alterações hepáticas benignas e, mais raramente, malignas. Motivos para suspender o tratamento imediatamente: aparição de cefaléia ou enxaqueca pela primeira vez, ou apresentação freqüente de cefaléias com intensidade não-habitual, transtornos repentinos da percepção (p.ex. da visão, da audição), sinais iniciais de tromboflebite ou tromboembolias (p.ex. edemas ou dores nas pernas, dores pungentes ao respirar ou tosse de origem desconhecida), intervenções cirúrgicas planejadas antecipadamente (6 semanas antes da data prevista) e imobilidade forçada (fraturas). Em todos estes casos pode haver risco aumentado de trombose. Outros motivos para suspender o tratamento são: aparição de icterícia; hepatite, prurido generalizado; aumento da frequência de crises epilépticas; hipertensão arterial; gravidez.

Interações.

A administração simultânea e regular de outros medicamentos (p.ex. barbitúricos, hidantoínas, rifampicina, fenilbutazona, ampicilina) pode reduzir o efeito contraceptivo. Também podem modificar-se as necessidades posológicas dos hipoglicemiantes orais ou de insulina.

Contra-indicações.

Gravidez sabida ou suspeita, insuficiência hepática, antecedentes de icterícia gravídica essencial ou prurido severo da gravidez, síndrome de Dubin-Johnson, síndrome de Rotor, tromboembolismo arterial ou venoso, anemia falciforme, carcinoma de mama ou de endotélio tratados ou atuais, diabetes, distúrbios do metabolismo de lipídeos, hemorragia vaginal não-diagnosticada.