quinta-feira, 19 de março de 2009

Trabalho Esplenectomia



Pré-operatorio,intra-operatorio e pos-operatorio de Esplenectomia
Esplenectomia é a remoção cirúrgica do baço.
Pode ter diversas utilidades, entre elas a cura quase completa da trombocitopenia (baixo número de plaquetas no sangue), já que o baço normalmente remove um grande número de plaquetas do sangue.
. INDICAÇÕES
A esplenectomia é normalmente indicada após avaliação por cirurgião e hematologista, exceto em casos agudos, como trauma.
As indicações podem ser assim agrupadas:
A) Para estagiar ou controlar doenças básicas;
B) Para hiperesplenismo crônico ou grave.
Cirurgia Aberta
Após anestesia geral, que pode ser complementada com relaxantes musculares, o paciente é colocado em decúbito dorsal semilateral direito, com a mesa em Trendelemburg reverso.
Pode-se usar sonda nasogástrica para esvaziamento do estômago, o que proporciona melhor exposição e visualização do baço, devendo-se analisar os riscos de sangramentos em pacientes com púrpura trombocitopênica imunológica.
As incisões mais utilizadas são laparotomia mediana ou para-mediana supra umbilical e subcostal esquerda.
Após acesso à cavidade abdominal, faz-se inspeção à procura de baços acessórios e palpação para detectar aderências do baço que poderiam causar lacerações e sangramentos. Precede-se então com a dissecção do ligamento gastroesplênico e ligadura dos vasos gástricos curtos. Localiza-se a artéria esplênica, com posterior reparo e ligadura, fazendo-se compressão do baço, manobra denominada autotransfusão, que possibilita o retorno de grande parte do sangue à circulação sistêmica, diminuindo a necessidade de transfusão.
O baço é mobilizado medialmente, fazendo-se secção dos ligamentos, normalmente avasculares, não necessitando de ligadura. Parte-se para a dissecção da veia esplênica, seguida de reparo e ligadura. Finaliza-se a cirurgia com a dissecção do pedículo vascular, cuidadosamente para evitar lesões no pâncreas, e exérese do órgão, seguida de nova inspeção da cavidade e síntese da parede abdominal.

Laparoscopia
A técnica laparoscópica vem evoluindo e substitui com sucesso a cirurgia aberta, apresentando as vantagens comuns à videolaparoscopia, tais como menores índices de infecção, mortalidade e morbidade; menor dor pós-operatória e restabelecimento das funções gastrintestinais mais rapidamente. Porém sua aplicação é limitada, sendo as principais indicações púrpura trombocitopênica imunológica e estadiamento da doença de Hodgkin. Não é aplicada em grandes esplenomegalias, sendo necessária a conversão para cirurgia aberta na maioria das cirurgias, segundo estudo de Targarona e cols., devido a sangramentos ou impossibilidade da retirada do órgão através dos trocartes. Em casos de ruptura e pacientes com distúrbios da coagulação, prefere-se a cirurgia aberta devido a possível necessidade de hemostasia rápida.
Os tempos cirúrgicos são semelhantes aos da cirurgia convencional, diferindo nos equipamentos cirúrgicos.

Esplenectomia Subtotal
Devido a importância das funções do baço, especialmente imunológicas, deve-se lançar mão da esplenectomia parcial, quando possível. A preservação de 20 a 25% do tecido esplênico é suficiente para manter seu papel de filtração de defesa imunológica.
A técnica consiste na ligadura e secção dos vasos que suprem o segmento a ser retirado. O segmento desvascularizado define a linha de transsecção. Para hemostasioa, pode-se utilizar retalho do omento, fibrina ou cianoacrilato.

Complicações

 Infecção da ferida operatória
 Hemorragia
 Alterações na composição do sangue: na maioria dos casos são desejáveis, servindo como parâmetro de avaliação dos resultados da cirurgia. Não são, portanto, consideradas complicações normalmente. Observam-se hemácias alteradas, granulocitose, linfocitose, trombocitose e monocitose.
 Lesões em órgãos adjacentes: as mais comuns são atelectasia do lobo inferior do pulmão esquerdo, hematoma e abscesso subfrênico e lesão no pâncreas e ângulo esplênico do cólon.
 Suscetibilidade a infecções por bactérias encapsuladas: principalmente devido à redução das opsoninas properdina e a tuftissina, além da redução da concentração de IgM e comprometimento da via alternativa de ativação do complemento.
 Sepse grave: o risco de sepse é muito elevado em pacientes asplênicos. Os patógenos mais comuns são Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae.
 Trombose venosa mesentérica e da veia porta.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
www.googlo.com.br
www.abc.saude.com.br
www.ikipedia.org/wiki/Esplenectomia
www.uftm.edu.br/instpub/fmtm/discipe/indicacoeshematologicas

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